A chave das
chaves
Convêm ler o que vou expor à luz deste princípio
básico: o casamento deve ser cultivado! Como? Com paciência, atenção e cuidados
de um bom jardineiro. Como as plantas: estarão vivas se crescem! Não é possível
conservá-las por muito tempo em um congelador. Como tudo o que é vivo, o amor
ou cresce ou morre ou, no melhor dos casos, fica a ponto de mumificar-se.
“Conservar” o amor, simplesmente conservá-lo, é uma
tarefa vã... equivale a decretar a sua morte: ao vivo não se admite
“conservação”; é preciso alimentá-lo para que atinja progressivamente todas as
suas possibilidades.
Antes que se
acabe
Balzac escreveu: “O casamento deve lutar sem trégua
contra um monstro que a tudo devora: o costume”. O seu inimigo mais insidioso é
a rotina: perder o desejo da criatividade original; pois assim o amor acaba por
esfriar e perecer. Às vezes, trata-se de um processo lento, quase imperceptível
no início, e cujas conseqüências só são percebidas quando a degradação é dada
como irreparável, ainda que não o seja na realidade: como a planta que se
deixou de regar e que durante certo tempo mantêm o seu viço, para logo em
seguida, sem motivo imediato aparente, murchar de vez.
Soluções
Cada noite, devem responder com um sim sincero às
seguintes perguntas: hoje dediquei diretamente um tempo, uns segundos ao menos,
para ver como poderia fazer uma surpresa ou causar uma alegria concreta?
O carinho não se alimenta com a simples inércia ou
com o correr dos anos: tem se ser alimentado com muitos pequenos gestos e
atenções, com um sorriso e também com um pouco – ou com muito!- de
inteligência: evitando o que se intui ou se sabe por experiência que desagrada
o outro, ainda que seja em si mesmo uma bobagem e buscar, por outro lado, o que
pode agradar.
Como lembra um autor norte-americano: “os
casamentos felizes estão baseados em uma profunda amizade. Os cônjuges se
conhecem intimamente, conhecem os gostos, a personalidade, as esperanças e
sonhos do outro. Mostram grande consideração um pelo outro e expressam o seu
amor não só com grandes gestos, mas com pequenos detalhes cotidianos”
Entretanto, nada se alcança sem esforço. De acordo
com a perspicaz comparação de Masson, “o amor (sentimental) é uma harpa que
sonha espontaneamente; o casamento, um piano que não soa senão a força de
pedalar”... e o resultado deste pedalar é uma felicidade indescritível, que
ninguém é capaz de imaginar... até que a prove.
FONTE DE INFORMAÇÃO:
Escritor: Tomas Melendo Granados