A IGREJA E AS ALIANÇAS POLITICAS

O pastor é um líder religioso que está diretamente em contato com o público. Apesar de política não ter nada a ver com religião, alguns pastores acabam se candidatando e exercendo cargos políticos ou fazendo alianças com políticos. Mas afinal, você concorda com toda esta mistura? Será que esta aliança ou mistura realmente é bom para o Evangelho de Cristo? Será que é benéfico esta mistura?

Penso que algumas questões graves contribuem para que pastores, pregadores, ensinadores, líderes cristãos em geral e algumas igrejas silenciem diante das injustiças sociais em nossos dias.


Lideres de diversas igrejas fazem a cada eleição alianças com candidatos e políticos corruptos, ladrões, devassos e arrogantes. Se vendem e negociam o voto da igreja em troca de favores como terrenos, comissões, cargos para familiares, parentes e amigos, ajuda para realização de festividades ou obras.


Nestas questões, há uma verdadeira promiscuidade em nossos dias. Ao fazerem tais alianças, estes líderes ou igrejas perdem a sua autoridade profética, visto que tal autoridade está associada à nossa integridade moral e princípios.


Algumas de nossas organizações deixaram de ser relevantes, existindo atualmente para basicamente servir para distribuição de cargos, ser fonte de vantagens financeiras, privilégios, roubos, extorsões, esquemas, fraudes, corrupções, promotoras de brigas, facções, dissensões e de escândalos internos e externos, locais, regionais e nacionais na política.


Dessa forma, pode-se entender o silêncio da Igreja e de muitos Líderes para com as questões políticas e sociais de nossa época.


Não dá para confrontar Acabe (os líderes políticos de fora e os líderes "políticos" e religiosos de dentro) quando se compactua do seu pecado, ou quando se teme perder o emprego, o salário, algum cargo ou função alcançada, ou ainda a perda de oportunidades, convites ou agendas. Tal postura é covarde e mercenária. Precisamos seguir o exemplo de Micaías (I Rs 22.13-14).


Não dá para denunciar o "pecado de Herodes" (Mt 14.3-12) quando se senta na mesa com "Herodes" para negociar ou buscar favores ilícitos ou imorais. É interessante lembrar que nem sempre legalidade é sinônimo de moralidade.


Considerando que os evangélicos são um dos mais expressivos segmentos da população (18,9 milhões de eleitores evangélicos brasileiros ou 15,4% dos 126 milhões de eleitores, segundo o Censo 2000) é indispensável trazer ao povo evangélico orientação sobre o voto, para que não seja manipulado, como muitas vezes já o foi, mas usado com consciência e objetividade, ajudando a igreja a amadurecer no exercício da sua cidadania política.


Alguns Princípios fundamentais sobre o uso ético do voto evangélico:


I. O voto é intransferível e inegociável. Com ele o cristão expressa sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão que o cristão tem de seu País, Estado e Município;


II. O cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve negar sua maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder da igreja tente conduzir o voto da comunidade noutra direção;


III. Os pastores e líderes têm obrigação de orientar os fiéis sobre como votar com ética e com discernimento. No entanto, a bem de sua credibilidade, o pastor evitará transformar o processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução político-partidário;


IV. Os líderes evangélicos devem ser lúcidos e democráticos. Portanto, melhor do que indicar em quem a comunidade deve votar é organizar debates multipartidários, nos quais, simultânea ou alternadamente, representantes das correntes partidárias possam ser ouvidos sem preconceitos;


V. A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a igreja evangélica no Brasil impõe que não sejam conduzidos processos de apoio a candidatos ou partidos dentro da igreja, sob pena de constranger os eleitores (o que é criminoso) e de dividir a comunidade;


VI. Nenhum cristão deve se sentir obrigado a votar em um candidato pelo simples fato de ele se confessar cristão evangélico. Antes disso, os evangélicos devem discernir se os candidatos ditos cristãos são pessoas lúcidas e comprometidos com as causas de justiça e da verdade. E mais: é fundamental que o candidato evangélico queira se eleger para propósitos maiores do que apenas defender os interesses imediatos de um grupo religioso ou de uma denominação evangélica. É óbvio que a igreja tem interesses que passam também pela dimensão político-institucional. Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos às causas temporais da igreja. Um político de fé evangélica tem que ser, sobretudo, um evangélico na política e não apenas um "despachante" de igrejas. Ao defender os direitos universais do homem, a democracia, o estado leigo, entre outras conquistas, o cristão estará defendendo a Igreja.


VII. Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais aceitar a desculpa de que um evangélico político votou de determinada maneira porque obteve a promessa de que, em assim fazendo, conseguiria alguns benefícios para a igreja, sejam rádios, concessões de TV, terrenos para templos, linhas de crédito bancário, propriedades, tratamento especial perante a lei ou outros "trocos", ainda que menores. Conquanto todos assumamos que nos bastidores da política haja acordos e composições de interesse, não se pode, entretanto, admitir que tais "acertos" impliquem na prostituição da consciência cristã, mesmo que a "recompensa" seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica. Jesus Cristo não aceitou ganhar os "reinos deste mundo" por quaisquer meios, Ele preferiu o caminho da cruz.


VIII. Os votos para Presidente da República e para cargos majoritários devem, sobretudo, basear-se em programas de governo, e no conjunto das forças partidárias por detrás de tais candidaturas que, no Brasil, são, em extremo, determinantes; não em função de "boatos" do tipo: "O candidato tal é ateu"; ou: "O fulano vai fechar as igrejas"; ou: "O sicrano não vai dar nada para os evangélicos"; ou ainda: "O beltrano é bom porque dará muito para os evangélicos". É bom saber que a Constituição do país não dá a quem quer que seja o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo. Além disso, é válido observar que aqueles que espalham tais boatos, quase sempre, têm a intenção de induzir os votos dos eleitores assustados e impressionados, na direção de um candidato com o qual estejam comprometidos.


IX. Sempre que um eleitor evangélico estiver diante de um impasse do tipo: "o candidato evangélico é ótimo, mas seu partido não é o que eu gosto", é compreensível que dê um "voto de confiança" a esse irmão na fé, desde que ele tenha as qualificações para o cargo. Entretanto, é de bom alvitre considerar que ninguém atua sozinho, por melhor que seja o irmão, em questão, ele dificilmente transcenderá a agremiação política de que é membro, ou as forças políticas que o apóiem.


X. Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política diferente da de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito político-partidário, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão, e não como uma profecia divina.


O pastor é um homem público, homem público é aquele que lida com uma sociedade, particularmente a comunidade religiosa local, regional ou quiçá a nacional, isto vai depender do seu campo de atuação pastoral.


Opinião pública local é o que geralmente se atribui à opinião geral de uma igreja local. Quando se diz, por exemplo: "A opinião pública da igreja local está pressionando o pastor", significa dizer que um conjunto de pessoas que compartilham propósitos, preocupações e costumes, idéias e que interagem entre si constituindo uma comunidade, a igreja, expressa uma posição de pressão ao pastor e ao seu ministério.


O cristão, enquanto vive como “forasteiro” nesta terra, precisa enquadrar-se nas leis que rege a nação e cumpri-las, com um bom patriota (II Sm 10.12; Sl 137.1; Is 66.10). Isto é bom diante dos homens e agradável a Deus. Os Deveres Civis (Conjunto de normas reguladoras dos direitos e obrigações de ordem privada atinentes às pessoas, aos bens e às suas relações.) se aplicam a todos os cidadãos, independente de sua cor, religião ou situação financeira. Encontra-se na Bíblia o Senhor determinando a seus servos a necessidade de serem bons cidadãos, cumpridores das normas instituídas pelos governos.


É lamentável, mas, em anos eletivos, muitas igrejas se corrompem, perdendo de vista os seus objetivos primeiros: Servir a Deus! E deixa-se levar pela política, envolvendo-se e comprometendo-se vergonhosamente. Sãos pastores e líderes eclesiais que literalmente “vendem” o direito do cidadão por migalhas e chegam ao cumulo do absurdo de levar em muitos casos homens ímpios aos seus púlpitos, para que exponha suas plataformas de “governo” mentirosas e enganadoras, com fim apenas eleitoreiro.


Apesar do momento crítico, o ministério profético na Igreja voltado para as questões políticas e sociais não será extinto; Ainda existe homens como José do Egito, Daniel, Neemias e Ester, honestas e ainda comprometidas com o bem comum, com a justiça social e com os princípios e prioridades do Reino de Deus.


Sempre haverá um profeta (ou profetas) no campo, nos grandes centros urbanos e nos palácios prontos para serem convocados, capacitados e usados pelo Senhor.
OBSERVAÇÕES:
Alguns Fontes de informações de Philipe João e Thiago Cruz

GENTE CANSADA DE IGREJA

Seja pelo falso mito dos "súper-crentes", o excesso de trabalho e/ou a alta expectativa e exigências das pessoas, vivemos dias em que somos pressionados (e porque não dizer "apressados") a fazer e ser o que esperam de nós. Resultado: Gente cansada! Gente decepcionada! 

www.prnatanaelsp.com.br
Por isto e por outros fatores, há muita gente cansada de igreja também, gente que logo ficará cansada de Deus, gente que logo se afastará de Deus, às vezes irremediavelmente. 

Refletindo sobre esta situação é que entrevistamos o Pr. Israel Belo de Azevedo, graduado em Jornalismo, mestre em Teologia, doutor em Filosofia e autor de livros, como O Prazer da Produção Científica, Olhar de Incerteza e Gente Cansada de Igreja. 

Pastor da Igreja Batista de Itacuruça, no Rio de Janeiro e diretor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. 

Em sua opinião, o que leva tanta gente a desistir de freqüentar uma igreja? 

Os fatores são internos e externos. Por internos, eu me refiro à própria condição do desistente de igreja, não importa a situação da comunidade. Menciono as expectativas sobre a igreja (líderes e membros) que não podem ser preenchidas, como atenção o tempo todo, e os desgastes emocionais, não necessariamente ligadas à igreja. As pessoas imaginam que a igreja seja uma organização perfeita e, quando descobrem que não é, desistem dela, por exemplo. As relações humanas, como na vida conjugal, são muito difíceis sempre. 

Por externos, menciono os abusos que as lideranças cometem, por autoritarismo ou por desvio de conduta, sobre os membros e sublinho também a cultura da falta de compromisso e de disciplina, vigente em nossos dias. Para que se comprometer, perguntam alguns. A relação de troca acaba estressando os relacionamentos, que acabam extintos, em muitos casos. É mais fácil cobrar o que a igreja pode fazer por mim do que me perguntar o que posso fazer por ela. 

Sendo a decepção um dos motivos da desistência, como devemos lidar com ela em nossos relacionamentos e na Igreja? 

Não adianta pedir a um decepcionado que faça uma avaliação das causas de seu afastamento no calor da hora, ele apenas fará girar a sua metralhadora, da qual ninguém escapa, exceto ele mesmo. Mas devemos nos perguntar: onde falhamos. Como na vida conjugal, não apenas um lado falha. Os líderes precisam também tomar o cuidado para não acharem que a artilharia está assestada contra ele. Também não podem achar que não é com eles o problema. 

Se o líder é um pregador, deve saber que as pessoas vão ouvir o que quiserem ouvir, o que demanda, por parte dele, um cuidado extremo. Uma vez, por exemplo, mencionei o valor da pontualidade. Depois de algum tempo, uma pessoa voltara à igreja e achou que era para ela que eu estava falando. Foi quase impossível ela entender que a orientação era para todos. 

Uma das maiores dificuldades é equilibrar o respeito pelas pessoas e interesse por suas vidas. Uma pessoa desaparece e ninguém a procura. O que isto significa: 

respeito ou desinteresse? Da parte dos membros em geral, eles devem conferir o que ouviram. Da parte dos líderes, deve ter real interesse pelas pessoas. 

Podemos afirmar que tem gente cansada de igreja dentro das Igrejas? Se sim, quais as suas características. 

Sim, há, tanto dentro quanto fora. Os que já estão fora acham que a igreja prega uma coisa e vive outra, o que se aplica a líderes e membros em geral. Os que ainda estão dentro vivem reclamando, mas ainda não desistiram. Ainda bem. 

Como a imagem da capa do seu livro ilustra, muitos cristãos estão parecidos com os fósforos apagados. A que se deve tanto desânimo? 

Um dos fatores é o sacerdotalismo, que tem dois autores: os membros e os líderes. Por um tempo, a idéia de um sacerdote que ora por todos e que faz tudo é conveniente, embora contrária aos princípios das Sagradas Escrituras. Precisamos dessacertotizar a igreja. É difícil porque isto vem do judaísmo e foi reproduzido pelo catolicismo romano, e somos todos um pouco judeus e um pouco católico-romanos. A maioria das pessoas não descobriu a riqueza de ser seu próprio sacerdote. Outro fator é a dita vida moderna, com tantas exigências e tantas metas. As pessoas se cansam da vida. Nem sempre a igreja consegue ser um lugar de descanso. 

Como podemos agir para trazer de volta a chama do primeiro amor esquecido? 

Esta é uma tarefa quase perdida. Rick Warren disse que é um esforço sem recompensa buscar os que se foram, tendo estado um tempo na igreja. Sim, eles são muito críticos e muito amargos. No entanto, devemos desenvolver ações neste sentido, mesmo que não dê resultado. Há alguns anos telefonei e escrevi para todos os afastados; nenhum voltou. Assim mesmo, vamos fazer outro esforço neste sentido. Eles precisam saber que nos fazem falta. 

Precisamos gastar tempo com os que estão na igreja, para que entendam o que é a fé cristã. Boa parte não sabe. 

Que cristianismo estamos passando aos mais jovens? Que disposição os mais jovens têm para levar a Palavra do evangelho de Cristo? 

O problema, nesta área, não são os mais jovens, são os mais velhos. 

Quais os conselhos que você daria para pastores e líderes cansados e/ou liderando gente cansada? 

Quando meu pai morreu, no ano 2000, eu me lembro de poucas coisas do culto, que foi celebrado no próprio cemitério. Eu não lembro de nenhuma palavra, mas lembro de um pastor que apenas me abraçou. Precisamos, portanto, encontrar situações em que estejamos juntos. Precisamos fazer a igreja crescer: gente nova contagia; crente velho se cansa um do outro. Precisamos rever sempre a nossa motivação: por que estamos na igreja? o que nos move como líderes? qual é o nosso combustível: amor, sucesso, senso de missão ? 




FONTE DE INFORMAÇÕES: 

Site: www.institutojetro.com 
Autor e entrevista: Israel Belo de Azevedo

A QUESTÃO DO DÍZIMO

INTRODUÇÃO

Muitos Cristãos entregam 10% de suas rendas nas Igrejas locais, e não estão qualificados como dizimistas, de acordo com o modelo Bíblico. Pagam como quem paga a impostos ou ofertam em busca de reconhecimento dentro de seu grupo religioso.


Mas como se pode entregar 10% (porcentual que corresponde ao dízimo) e não ser dizimista? No Cristianismo, ser dizimista é muito mais do que o simples fato de entregar parte do seu ordenado. Acima de tudo, é uma questão de Fé.

Para que Deus quer 10% do meu salário, se tudo o que tenho e o que ganho são dádivas de Deus para minha vida?” Muitos cristãos têm se feito essa pergunta.

Nós não dizimamos porque Deus precisa do nosso dinheiro. Antes, fazemos isso porque o dono do nosso dinheiro disse: “TRAZEI TODOS OS DÍZIMOS À CASA DO TESOURO...”, Ml. 3:10. Para a doutrina do dízimo no Novo Testamento, seria: “TRAZEI 10% DA TUA RENDA À MINHA IGREJA”, procedimento confirmado por Jesus: “... DEVES TRAZER O DIZIMO...”, Mt. 23:23. Alguém disse: Não importa quanto do meu dinheiro darei para Deus; mas, quanto do dinheiro de Deus reservarei para mim.


DEUS FALA SOBRE A RESTAURAÇÃO

O Devorador Repreendido

O Livro de Malaquias tem muito a nos ensinar e exortar acerca de nossas obrigações para com Deus. Por ser um profeta pós-exílio, a tônica de sua mensagem é única: Chamar o povo ao arrependimento e à espiritualidade apontando, sobretudo, o caminho da restauração e de uma vida prospera.

O povo de Israel quando retornou do cativeiro babilônico para Jerusalém sofreu todos os tipos de pressões, desde a primeira até a ultima leva.

Malaquias, contemporâneo de Esdras e Neemias, é levantado por Deus com uma mensagem de restauração espiritual e material.

Esses dias, em cerca de 400 ª.C., forma notoriamente difíceis e nublados. Os guias religiosos não estavam proclamando nem mantendo as leis de Deus. A casa do Senhor estava sendo despojada da sua glória, dos seus dízimos e das suas ofertas. O povo escolhido estava realizando casamentos mistos com as nações pagãs circunvizinhas e deixando, portanto, de cumprir com suas legitimas responsabilidade. Assim a mensagem de Malaquias os reprovava e desafiava, colocando a situação às claras.

Condição do povo de Israel

O estado de pobreza espiritual que o povo estava vivendo é notado pelas denúncias do profeta Malaquias. Vejamos:

1) Decadência espiritual - Os sacerdotes e os levitas haviam abandonados as leis de Deus. Estava havendo um descomprometimento total dos guias religiosos de Israel com relação aos estatutos do Senhor. No capitulo primeiro de Malaquias, fica patente essa decadência.

2) Decadência Moral - Moralmente, o povo de Deus estava abalado. Malaquias denunciou em alta voz a mistura do povo ao contrair núpcias com mulheres estrangeiras. Leia Esdras 10.

3) Decadência social - Lendo o Malaquias Cap. 2, podemos compreender como estava baixo o nível do povo de Deus. Os homens estavam divorciando-se de suas mulheres para casar-se com as estrangeiras, ou seja, adoradoras de outros deuses. Esse era um problema social serio, que precisava ser denunciado.

Principio para uma restauração espiritual

Do ponto de vista divino, não há substituto para o arrependimento e para a obediência. Quando nações e indivíduos se afastam das leis de Deus e manifestam espírito de rebeldia, o Céu exige nada menos que uma restauração espiritual. Isso significa:

1) Uma restauração espiritual, cujo inicio é o arrependimento - Deus fala através de Malaquias ao povo: “Tornais-vos para mim, e eu tornarei para vos...” (Ml. 3:7b). Arrependimento significa mudança de idéias que conduz a uma mudança de vida. Em essência, é uma volta completa, um retorno com contrição e humildade a um Deus ofendido e entristecido.

2) Uma restauração espiritual perpetuada pela obediência - Malaquias diz: “Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes” (Ml. 3:7a). Deus vinculou a bênção a uma vida de obediência: “... Faze isto e viverás”, (Lc. 10:28). Como se vê, não há nada de legalismo; trata-se de um principio divino de vida e bênção.

3) Uma restauração espiritual baseada na renuncia - Toda restauração exige do individuo renúncia, conforme esta escrito em Pv. 28:13 - “... O que as confessa e deixa alcançará misericórdia”. Deus exigia do povo compromisso – elemento sempre precedido pelo despojamento de alguma coisa.

4) Uma restauração espiritual que exige restituição material - “Trazei todos os dízimos a casa do tesouro...”, (Ml. 3:10). A Bíblia Sagrada determina que o principio da doação material a Deus é uniforme e absoluto.

Quando entregamos o dízimo, Deus abençoa, e quando retemos, Deus amaldiçoa (Ml. 3:7-10).

Esses são os princípios dos quais não podemos nos afastar, para que tenhamos sucesso financeiro, familiar, profissional, enfim, a fim de que sejamos prósperos em todas as áreas.


Operação Divina

De fato, depois que o povo ou o individuo se convence dos seus maus caminhos e volta-se novamente para Deus, as benção do Senhor começam novamente a ser derramadas (II Cr. 7:14). Observe as promessas divinas contidas na exortação de Malaquias:

1) “...Tornarei para vós” - Deus está pronto a nos perdoar e abençoa com o poder da sua presença. Porque a maior de todas as dádivas é ter a presença gloriosa de Deus conosco.

2) As Janelas do Céu serão abertas - Essa era a maneira antiga de falar sobre o derramamento das bênçãos de Deus. Aos fieis, Ele concederá bênção sem medida.

3) O devorador será repreendido (Is. 59:19) - Eis aqui o fator milagroso nas finanças de quem honra a Deus pelo uso correto e bíblico de seu dinheiro. Quantas pessoas há que estão sendo “devoradas” porque não desfrutam de nenhuma proteção por parte do Senhor no aspecto financeiro de sua vida.

4) A terra será deleitosa - Veja o que Deus prometeu a Israel: “E todas as nações vos chamarão bem-aventuradas; porque vós sereis uma terra deleitosa” (Ml. 3:12). Exatamente isto: prosperidade e felicidade. Mas somente se honrarmos a Deus com as primícias e se formos generosos em nossas ofertas.


O SIGNIFICADO DO DÍZIMO NA BÍBLIA

1) Sentido Literal - Dízimo é o hábito regular pelo qual um Cristão, procurando ser Fiel ao Ensino das Escrituras, separa para Deus, pelo menos dez por cento de sua renda como um reconhecimento das dádivas divinas.

Quando o crente reconhece que tudo o que temos é dádiva de Deus, e que Ele é dono e doador de tudo o que possui, então o crente separa a décima parte de seu rendimento para expressar sua convicção.

Oseías 2:8, 9 - ELA, POIS, NÃO SOUBE QUE EU É QUE LHE DEI O TRIGO, E O VINHO, E O ÓLEO, E LHE MULTIPLIQUEI A PRATA E O OURO, QUE ELES USARAM PARA BAAL. - PORTANTO, TORNAR-ME-EI, E RETEREI, Há SEU TEMPO, O MEU TRIGO E MEU VINHO, E ARREBATAREI A MINHA LÃ E O MEU LINHO, QUE LHE DEVIAM COBRIR A NUDEZ.

I Co. 10:26 - PORQUE DO SENHOR É A TERRA E A SUA PLENITUDE.

2) Sentido Moral - O dízimo é um testemunho da bondade criadora de Deus. Quando entregamos o dízimo provamos a nossa dependência de Deus e de suas bênçãos.

A entrega do dizimo é o reconhecimento à fidelidade de Deus. Quando um crente se recusa a entrega-lo é porque ainda não reconheceu plenamente o Senhorio de Deus.

Esse crente pensa que ele é mesmo dono daquilo que tem. Quando tributamos a Deus como nossos dízimos, estamos reconhecendo, automaticamente, o Senhorio do nosso Deus.

Martinho Lutero certa feita expressou sobre o assunto: “Tudo aquilo que retive em minha mãos perdi; mas o que coloquei nas mão de Deus tenho até o dia de hoje”.

Ora, se tudo pertence a Deus, inclusive o dinheiro, pela sua participação decisiva em nos preservar com saúde e vigor, devemos chegar à mesma conclusão que Davi:

I Cr. 29:13, 14 - AGORA, POIS, Ó DEUS NOSSO, GRAÇAS TE DAMOS E LOUVAMOS O NOME DA TUA GLÓRIA. - PORQUE QUEM SOU EU, E QUEM É O MEU POVO, QUE TIVÉSSEMOS PODER PARA TÃO VOLUNTARIAMENTE DAR SEMELHANTES COISAS? PORQUE TUDO VEM DE TI, E DA TUA MÃO TO DAMOS.


3) Sentido Espiritual - Considere três razões para entregar o dízimo ao Senhor:

a) Reconhecimento pelas bênçãos divinas - Deus é o doador de tudo na vida. O homem pertence a Deus – Gn. 1:27 - CRIOU DEUS, POIS O HOMEM Á SUA IMAGEM, À IMAGEM DE DEUS O CRIOU; HOMEM E MULHER OS CRIOU. A terra pertence a Deus –
Hb. 11:3 - PELA FÉ, ENTENDEMOS QUE FOI O UNIVERSO FORMADO PELA PALAVRA DE DEUS, DE MANEIRA QUE O VISIVEL VEIO A EXISTIR DAS COISAS QUE NÃO APARECEM.

b) Adoração - Faz parte da adoração cristã a contribuição feita pela Igreja para a obra de Deus através dos “dízimos e ofertas”. A Igreja precisa honrar seus compromissos e promover o reino de Deus. Para isso demanda recursos financeiros de seus membros, que devem emprega-los na sua obra com todo desprendimento, sabendo que agindo dessa forma estarão acumulando bênçãos no presente e no porvir.

Gn. 8:20 - LEVANTOU NOÉ UM ALTAR AO SENHOR E, TOMANDO DE ANIMAIS LIMPOS E DE AVES LIMPAS, OFERECEU HOLOCAUSTOS SOBRE O ALTAR. – Lemos que Noé ao sair da arca, após o dilúvio, ofereceu a Deus sacrifícios em Gratidão pela sua salvação e a de sua família.

Gn. 14:20 - E BENDITO SEJA O DEUS ALTISSIMO, QUE ENTREGOU OS TEUS ADVERSÁRIOS NAS TUAS MÃOS. E DE TUDO LHE DEU ABRÃO O DÍZIMO. – A atitude que Abraão tomou diante de Melquisedeque, demonstra sua Gratidão a Deus pela vitória. Essa é, inclusive, a primeira menção bíblica da expressão “Dízimo”, sugerindo que o costume era observado pelos povos primitivos, muito antes da lei.

Gn. 28:20-22 - SE DEUS FOR COMIGO, E ME GUARDAR NESTA VIAGEM QUE EU FAÇO, E ME DER PÃO PARA COMER E VESTES PARA VESTIR, - E EU EM PAZ TORNAR À CASA DE MEU PAI, O SENHOR SERÁ O MEU DEUS; - E ESTA PEDRA, QUE TENHO POSTO POR COLUNA, SERÁ A CASA DE DEUS; E, DE TUDO QUANTO ME DERES, CERTAMENTE TE DAREI O DÍZIMO. – Nesta narrativa, deparamo-nos com Jacó, mais especificamente com o voto que ele fez a Deus, comprovando que a prática das ofertas e dízimos era algo bem comum nas sociedades primitivas.

Fazer Votos a divindades era costume dos povos antigos. Não era pecado fazer voto ou deixar de faze-lo, porém, uma vez feito, presumivelmente expresso com os próprios lábios, um voto se tornava tão seguramente obrigatório como um juramento.

Dt. 23:23 - O QUE PROFERIRAM OS TEUS LÁBIOS, ISSO GUARDARÁS E O FARÁS, PORQUE VOTASTE LIVREMENTE AO SENHOR, TEU DEUS, O QUE FALASTE COM A TUA BOCA.

Biblicamente, aquele que faz um voto a Deus deve se esmerar nos preceitos já estabelecidos pelo Senhor, a fim de cumpri-lo nos seus mínimos detalhes.

Ec. 5:4 - QUANDO A DEUS FIZERES ALGUM VOTO, NÃO TARDES EM CUMPRI-LO; PORQUE NÃO SE AGRADA DE TOLOS. CUMPRE O VOTO QUE FAZES.

c) A Fé - Que valor terá a entrega dos Dízimos sem o exercício da Fé?

Entrega sem Fé é legalismo (tendência a se reduzir à fé cristã aos aspectos puramente materiais e formais das observâncias, práticas e obrigações eclesiásticas) religioso sem fruto.

Quando o crente separa um décimo dos seus rendimentos, deve faze-lo com Fé, em Deus e nas suas promessas, e com Gratidão pela provisão divina. (Jo. 3:16).

A nossa oferta ao Senhor não é de fato uma oferta a Deus. Muito pelo contrário. É, antes de tudo, uma oferta de Deus a nós – pois quem oferta a Deus oferta a si mesmo, na medida em que dar, antes de ser uma graça de nós a outros, é uma graça de Deus a nós.


O DÍZIMO NA BÍBLIA

Definição da Palavra Dizimo.

No Antigo Testamento temos duas (02) palavras:

1) Asar “dez”, “décima parte” - Como o sentido de dízimo aparece por sete vezes: Gn. 28:22; Dt. 14:22; 26:12; I Sm. 8:15, 17; Ne. 10:37, 38. A Raiz original desse termo significa “acumular”, “crescer”, “ficar rico”. Daí proveio à idéia de acumular um décimo.

2) Ma’aser - “décima parte” - Palavra usada por trinta e duas vezes, conforme se vê em
Gn. 14:20; Lv. 27:30-32; Nm. 18:24, 26; Dt. 12:6, 11,17; II Cr. 31:5, 6,12; Ne. 10:37, 37; Am. 4:4; Ml. 3:8, 10.


No Novo Testamento há duas formas verbais e uma nominal, a saber:

1) Dekatóo - “dar uma décima parte”, “dizimar”, que aparece somente por duas vezes: Hb. 7:6, 9.

2) Apodekatóo - “dar uma décima parte”, “dizimar”, e que no grego é uma forma composta da primeira, e que figura por três vezes: Mt. 23:23; Lc. 11:42 e Hb. 7:5.

3) Dekáte - “décimo”, uma forma ordinal, usada apenas em Hb. 7:2, 4,8,9.

O dízimo é a “décima parte” de alguma coisa. Por exemplo, se falamos no dízimo do tempo, estamos nos referindo à décima parte do tempo disponível. Logo, se dividirmos o dia (24 horas) por dez acharemos a décima parte, isto é, o dízimo do nosso tempo, que são duas horas e 40 minutos.
Será que dedicamos este tempo para Deus todos os dias?

Gostaria de explicar a prática do dízimo e das ofertas, bem como salientar, o que ela jamais deve vir a se tornar e qual o sentido correto da contribuição cristã.
Observemos, então, que a contribuição:

1) Não pode ser o alívio de um peso obrigatório, sob pena de juízo se não a entregarmos;

2) Não deve ser um desconforto emocional, nem tampouco um martírio de que precisamos logo nos livrar;

3) Não deve ser encarada dentro da estreita perspectiva do “toma-lá-dá-cá”;

4) Não deve ocorrer sob o efeito de falsas motivações, tais como: contribuir por medo como para quitar algum carnê da casa própria ou como diz certo escritor, por medo de ter o nome anotado no SPC do Céu ou como se estivesse pagando uma mensalidade;

5) Não deve ser vista como uma esmola ou uma ação de caridade;

6) Não deve ser compreendida como a cesta da “pobre velhinha”, onde se joga qualquer moeda, dinheiro rasgado, amassado, enfim, de qualquer maneira. Na verdade, tudo isso é abominável a Deus.

O Dízimo é antes da Lei

O dízimo existe desde a criação do homem. É uma prática que tem a sua origem no reconhecimento de que tudo pertence a Deus.

A história os povos primitivos mostra que a prática de dar à divindade uma parte das rendas é comum a toda a humanidade. Podemos observar que o justo Abel reconheceu este dever e prontamente “trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura uma oferta ao Senhor!” (Gn.4:4).

A Palavra “primogênito” neste sentido pode significar “primícias”, ou seja, o melhor de uma porção. Em linguagem hodierna, Abel trouxe seu dízimo ao Senhor.

Abraão exemplifica os crentes dizimistas de todos os tempos. A menção do “dizimo”, dentro do episódio que marcou seu encontro com o monarca Melquisedeque, mostra-nos que se tratava de uma instituição mais antiga que a da legislação mosaica do Antigo Testamento (Gn. 14:20). Por aquela ocasião, todos os descendentes de Abraão pagaram dízimo a Melquisedeque, pois ele representava, por assim dizer, a nação inteira.

Pelo que também todos os descendentes de Abraão (segundo a fé) devem pagar seu dízimo a Cristo (que cumpre o tipo simbólico de Melquisedeque), tal como o próprio Abraão pagou dízimo a Melquisedeque.


Incorporado à Lei

O dízimo não foi instituído por Moises; e, sim, por Deus. É uma lei moral, espiritual e física a que os homens estão sujeitos. Por expressa ordem divina, ele é intercalado na lei de Moises, porque, como já vimos, existe muito antes de Moises.

O Novo Testamento, por exemplo, fala 97 vezes em dinheiro. Moises sistematizou a prática do dízimo para Israel, mais ou menos assim:

Primeiramente, havia o dízimo para sustentar os levitas encarregados das coisas sagradas dentro e fora do tabernáculo (Nm. 18:20-32; Ne. 12:44).

O segundo dízimo, ou o dizimo festivo, era para pagar as despesas de transportes e de comidas dos adoradores que assistiam as grandes solenidades judaicas (Dt. 12:5-18).

O terceiro dízimo era destinado ao sustento dos pobres e dos estrangeiros (Dt. 14:22-29). Esse dízimo era pago com base no decorrer de três anos.

Josefo diz distintamente que uma décima parte deveria ser dada aos sacerdotes e levitas; que a outra décima parte era destinada a saldar as despesas das festividades religiosas de Jerusalém, e que uma terceira décima parte deveria ser dada aos pobres.

Assim, o primeiro dízimo era chamado o dízimo do dever; o segundo, o dízimo da gratidão e o terceiro, o dizimo da caridade.


O Dizimo no Novo Testamento

A pratica do dizimo pelo povo de Deus é anterior à Lei. Como já vimos, ela apenas o incorporou aos seus preceitos. Entretanto, o dízimo passou a ter uma nova perspectiva na Graça. O principio de que Deus é o verdadeiro dono do que temos, e a Ele tudo pertence, inclui o dizimo.

a) A exemplo de JesusJo. 13:15 - PORQUE EU VOS DEI O EXEMPLO, PARA QUE COMO EU VOS FIZ, FAÇAIS VÓS TAMBÉM. Jesus deu uma nova dimensão à mordomia das finanças. Ele destacou primordialmente a necessidade de ter o coração desprendido dos bens materiais.

Mt. 6:33 - BUSCAI, POIS EM PRIMEIRO LUGAR, O SEU REINO E A SUA JUSTIÇA, E TODAS ESTAS COISAS VOS SERÃO ACRESCENTADAS. (Lc. 12:15,21; I Tm. 6:16-19). Observe o preceito da mordomia estabelecida por Jesus nos seguintes textos (Mt. 6:19-21, 33; Lc. 6:38; Atos 20:35).

b) O exemplo da Igreja Primitiva -
Atos 4:32 - DA MULTIDÃO DOS QUE CRERAM ERA UM O CORAÇÃO E A ALMA. NINGUEM CONSIDERAVA EXCLUSIVAMENTE SUA NEM UMA DAS COISAS QUE POSSUIA; TUDO POREM, LHES ERA COMUM.

II Co. 8:7 - COMO, PORÉM, EM TUDO, MANIFESTAIS SUPERABUNDÂNCIA, TANTO NA FÉ E NA PALAVRA COMO NO SABER, E EM TODO CUIDADO, E EM NOSSO AMOR, PARA CONVOSCO, ASSIM TAMBÉM ABUNDEIS NESTA GRAÇA.

Sem duvida, o derramamento do Espírito Santo nos primórdios da Igreja quebrou as amarras da avareza e do egoísmo, e os crentes contribuíam alegremente com tudo quanto tinham. Um crente realmente avivado tem o coração aberto para doar e cooperar.

É isso o que vemos na Bíblia e na história dos avivamentos. Após o dia de Pentecostes, a Igreja promoveu um atendimento filantrópico aos necessitados. Impulsionados pelo Espírito Santo, aqueles primeiros crentes se uniram e reconheceram a necessidade da mordomia e, diz a Bíblia: “TINHAM TUDO EM COMUM” (Atos 4:32-35).

c) O sustento do Ministério cristão – Paulo declara e ensina a Igreja em Corinto acerca do direito de sustento dos que trabalham no ministério cristão, isto é, que vivam no ministério.
Destaca também, que o principio do sustento do ministério sacerdotal na dispensação da Lei é o mesmo na dispensação da Graça.

I Co. 16:1, 2 - ORA, QUANTO À COLETA QUE SE FAZ PARA OS SANTOS, FAZEI VÓS TAMBÉM O MESMO QUE ORDENEI ÀS IGREJAS DA GALACIA. - NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA, CADA UM DE VÓS PONHA DE PARTE O QUE PUDER AJUNTAR, CONFORME A SUA PROSPERIDADE, PARA QUE SE NÃO FAÇAM AS COLETAS QUANDO EU CHEGAR.

Mt. 10:10 - NESTA VIAGEM NÃO LEVEM SACOLA, NEM UMA TÚNICA A MAIS, NEM SANDALIAS, NEM BENGALA PARA SE APOIAR, POIS O TRABALHADOR TEM O DIREITO DE RECEBER O QUE PRECISA PARA VIVER.

Gl. 6:6 - A PESSOA QUE ESTÁ APRENDENDO O EVANGELHODE CRISTO DEVE REPARTIR TODAS AS SUAS COISAS BOAS COM QUEM A ESTIVER ENSINANDO.

Hb. 13:16 - NÃO DEIXEM DE FAZER O BEM E DE AJUDAR UNS AOS OUTROS, POIS SÃO ESSES OS SACRIFICIOS QUE AGRADAM A DEUS.

POR FIM, O QUE É O DIZIMO E QUAL O SEU OBJETIVO?

Representando meu salário trinta dias do meu tempo, da minha existência, na verdade ele contém uma parcela da minha vida. Assim, o que eu ofertar desse salário será um pouco de mim mesmo que estarei ofertando. Será importante, pois, saber o que será feito desse pedaço de mim.

"Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura" (Mc 16:15).

Evangelizar é a primeira e principal missão da Igreja. Ordenados ou não, se somos parte dessa Igreja, membros do corpo de Cristo, cuja cabeça é Cristo, então essa missão é de todos nós, herdada no batismo e individualmente assumida na conversão.

Mas Jesus torna-nos também responsáveis por nossos irmãos. "Amai-vos uns aos outros", diz Ele. "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos", completa (Jo.15:12-13).

E ainda nos coloca em xeque em relação às atitudes que tivermos perante os mais desvalidos, com fome, com sede, com frio, doentes, aprisionados: "...todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes" (Mt. 25:31-40)."...A toda a criatura" - quer dizer, uma missão sem fronteiras, para além dos limites, uma Igreja verdadeiramente missionária.
Como Apostolo Paulo e os outros apóstolos, e muitos missionários, obreiros e todos como membros desse corpo, devemos contribuir para que a obra de evangelização prospere e se irradie.

Nosso dízimo, aquele pedacinho de vida de cada um de nós, ofertado a Deus, vai permitir que Ele se manifeste através da Igreja, pela proclamação de Sua palavra, pela Unidade da Igreja, pelo socorro aos carentes, pelo trabalho missionário.

Nosso dízimo, aquele pedacinho de nossa vida, proverá o sustento do ministro ordenado, possibilitará a compra de material didático, de material de uso diverso na igreja, cobrirá os gastos com impostos, taxas e na limpeza, conservação e embelezamento do templo. É a dimensão do dízimo.

Nosso dízimo, aquele pedacinho de nossa vida, comprará remédios para os doentes que procuram a igreja, cestas básicas para as famílias carentes, sustentará cursos para a edificação da igreja. É a dimensão social.

De tudo que a igreja recebe, entre dízimo e ofertas, também daí sai um dízimo: o dízimo ministerial, orientado para a manutenção ministerial. É o dízimo missionário


CONCLUSÃO

O crente Fiel não contribui simplesmente porque é uma ordenança bíblica, mas também porque sente prazer em contribuir para manter a obra do Senhor. O dizimo é uma forma de Gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas e re conhecimento por sua Soberania sobre nossas vidas e posses.

A Gratidão é o Clímax de toda a contribuição Cristã. Quando Deus opera de tal modo no coração do homem que sua contribuição financeira transforma-se em um Ato de Adoração, então pode-se dizer que, verdadeiramente, esse coração tem experimentado a Graça de contribuir.

DOUTRINA DA ADOÇÃO

O QUE É ADOÇÃO?

Judicial - É o processo pelo qual uma criança é trazida e aceita numa familia, quando por natureza não tinha direito algum de pertencer àquela familia.

Espiritual - É baseada neste mesmo principio, de uma forma mais abrangente no seu alcance e finalidade.

Depois que o homem, que por natureza é filho da ira, Crê em Cristo, é feito filho de Deus, e passa a ter os direitos e privilégios inerentes àquela posição:

1) o privilegio da filiação, de ser membro da familia de Deus,
2) e o direito de ser herdeiro de Deus,
3) e co-hedeiro com Cristo.

O CRENTE COMO FILHO DE DEUS

O relacionamento filial do crente com Deus é independente do tempo. Não é uma esperança futura, mas um Usufruto presente.

I Jo. 3:2 - AMADOS, AGORA SOMOS FILHOS DE DEUS, E AINDA NÃO SE MANIFESTOU O QUE HAVEMOS DE SER, MAS SABEMOS QUE, QUANDO ELE SE MANIFESTAR, SEREMOS SEMELHANTES A ELE, POIS O VEREMOS COMO ELE É.

Um dos privilégios que goza o filho de Deus diz respeito “à estreita comunhão” que ele goza com o seu Pai Celestial.


Como filho de Deus o crente deverá obedecer-lhe, sujeitar-se à orientação e disciplina do seu Pai. Isto é, todo filho tem “direitos, deveres e privilegios”.

O CRENTE COMO IRMÃO DE JESUS CRISTO

Ao Adotar o crente como filho, Deus Criou uma posição de honra e dignidade anteriormente inexistente.

Hb. 2:11 - ORA, TANTO O QUE SANTIFICA QUANTO OS QUE SÃO SANTIFICADOS PROVÊM DE UM SÓ. POR ISSO JESUS NÃO SE ENVERGONHA DE CHAMÁ-LOS IRMÃOS.

Ser chamado “filho de Deus” é em si um privilegio dificil de entender, mas ser chamado “irmão de Jesus Cristo”, é quase além da imaginação. É um fato extremamente maravilhoso!

BÊNÇÃOS DECORRENTES DA ADOÇÃO:

Dentre as incontaveis bênçãos decorrentes da adoção divina, através da qual somos feitos legítimos filhos de Deus, se destacam as seguintes:

1) Libertação da Escravidão da Lei àIsmael (lei) e Isaque (legitimo) não podiam viver sob o mesmo teto.

Gl. 4:31 - PORTANTO, IRMÃOS, NÃO SOMOS FILHOS DA ESCRAVA, MAS DA LIVRE.

Esse lugar de adoção tira de nosso pescoço o jugo da qual diz o apóstolo – Atos 15:10 - ENTÃO, POR QUE AGORA VOCÊS ESTÃO QUERENDO TENTAR A DEUS, PONDO SOBRE OS DISCIPULOS UM JUGO QUE NEM NÓS NEM NOSSOS ANTEPASSADOS CONSEGUIMOS SUPORTAR?

Adoção traz-nos liberdade não de pecar, mas da filiação.

2) Libertação do Medo - Os filhos de Deus com freqüência sofrem temores – o temor de falhar, o medo do passado, do presente, do futuro; e medo de satanás, ou do homem, ou de si mesmo.

Esses temores e medos não provêm de Deus, uma vez que Paulo diz – I Tm. 1:7 - POIS DEUS NÃO NOS DEU ESPÍRITO DE COVARDIA, MAS DE PODER, DE AMOR E DE EQUILIBRIO.

A apropriação dos nossos direitos de adoção nos livra-rá do temor. Deste modo o medo é anulado para dar lugar a confiança filial.

3) Segurança e Certeza - O proprio Espirito dá testemunho com o nosso espirito, de que somos filhos de Deus.

Rm. 8:15, 16 - POIS VOCÊS NÃO RECEBERAM UM ESPIRITO QUE OS ESCRAVIZE PARA NOVAMENTE TEMEREM MAS RECEBERAM O ESPIRITO QUE OS ADOTA COMO FILHOS, POR MEIO DO QUAL CLAMAMOS: ABA, PAI. - O PROPRIO ESPIRITO TESTEMUNHA AO NOSSO ESPIRITO QUE SOMOS FILHOS DE DEUS.

Isso nos liberta da incerteza no que diz respeito ao porvir, e também de arrependimentos do passado, ao mesmo tempo em que nos leva a presente comunhão com o Pai, a quem pertecemos.

O PROFETA AMÓS E A SUA MENSAGEM

INTRODUÇÃO:

Amós viveu durante os Reinados de Uzias, rei de Judá (779-740 AC.) e de Jeroboão II, Rei de Samaria (783-743 AC.). Uzias e Jeroboão II reinaram paralelamente por trinta e seis anos (779-743 A C.). 

Durante parte desse tempo o culto a Baal fora adotado, e muitas práticas abomináveis da idolatria ainda predominavam. Deus enviara Elias, depois Eliseu, mas sem nenhum efeito sobre o povo que, endurecido pela idolatria e perversidade, descambava veloz para a ruína. Foi, então, que Deus levantou Amós, num último esforço de frear a nação.

Esta profecia foi proferida uns 30 anos antes da queda de Israel.


A ÉPOCA DE AMÓS

Para entender as palavras do profeta, vamos conhecer o povo que ele contemplava e os aspectos marcantes:
Sociedade - A prosperidade estava presente na sociedade; mas as injustiças, também. Os ricos tinham suas casas de luxo (Am. 3:15); as mulheres esbanjavam roupas finíssimas, perfumes caríssimos, bolsas de fina confecção e muito dinheiro (Am. 4:1). 

Todavia o pobre estava sendo “CONDENADO POR CAUSA DE UM PAR DE SANDÁLIAS” (Am. 2:6). A rápida elevação do nível de vida entre os ricos aumentou as diferenças entre classes sociais. 
Prevaleciam os males sociais, corrupção moral, o luxo pecaminoso e a opressão dos pobres, enquanto os ricos acumulavam maiores riquezas por meio da violência. Algumas marcas da sociedade na qual Amós trabalhava.

Religião - O povo freqüentava os cultos constantemente (Am. 5:4-5); praticando sacrifícios e dízimos (Am. 4:4-5). Mas os atos eram exteriores, só lábio e não coração (Mt. 15:7-8 - HIPÓCRITAS! BEM PROFETIZOU ISAIAS A VOSSO RESPEITO, DIZENDO: ESTE POVO HONRA-ME COM OS LÁBIOS, MAS O SEU CORAÇÃO ESTÁ LONGE DE MIM.). 

Tudo estava sendo feito sem análise de consciência, sem contrição, sem arrependimento (Sl. 51:17 - SACRIFÍCIOS AGRADÁVEIS A DEUS SÃO O ESPÍRITO QUEBRANTADO; CORAÇÃO COMPUNGIDO E CONTRITO, NÃO O DESPREZARÁS, Ó DEUS.). 
Muitos holocaustos e nenhuma misericórdia, muitos sacrifícios e nenhuma obediência (I Sm. 15:22-23), Oferta a Deus e falta de comunhão com o próximo (Mt. 5:23-24 - SE, POIS, AO TRAZERES AO ALTAR A TUA OFERTA, ALI TE LEMBRARES DE QUE TEU IRMÃO TEM ALGUMA COISA CONTRA TI, DEIXA PERANTE O ALTAR A TUA OFERTA, VAI PRIMEIRO RECONCILIAR-TE COM TEU IRMÃO; E, ENTÃO, VOLTANDO, FAZE A TUA OFERTA.). 
Inutilmente, os homens procuravam agradar a Deus com promessas, ofertas e sacrifícios, porém, tudo estava sendo rejeitado por Deus, devido à falta de Santidade do povo (Am. 5:21-23).

Política - Uzias e Jeroboão eram os reis, nos tempos em Amós profetizava. Època de grande prosperidade e conquistas territoriais. Havia dinheiro em abundancia e os exércitos eram vitoriosos.
Entretanto a riqueza que entrava em SAMARIA não era igualmente distribuída entre o povo. Ficam na mão dos Príncipes negociantes que gastavam em prol de melhoria de seus padrões de vida.

A liderança nacional não estava resolvendo os verdadeiros problemas. As praticas comerciais eram astuciosas e desonestas. (Am. 6:1-6).

A Lição desta primeira divisão é que, para melhor aplicarmos o Evangelho á nossa época, PRECISAMOS CONHECER OS PROBLEMAS E OS DESAFIOS QUE NOS CERCAM. Agora dois extremos precisam ser evitados.
E achar que para conhecermos melhor temos que nos misturar com certas pessoas, tocar em determinadas coisas, ou irmos a alguns lugares. Jesus comia com publicanos e pecadores (Lc. 15:1-2 - APROXIMAVAM-SE DE JESUS TODOS OS PUBLICANOS E PECADORES PARA OUVIR. E MURMURAVAM OS FARISEUS E OS ESCRIBAS, DIZENDO; ESTE RECEBE PECADORES E COME COM ELES).

Mas Ele apenas influenciava e nunca era influenciado. Essa era a diferença.

É modificar o Evangelho no momento de aplica-lo ao nosso contexto.

QUEM FOI AMÓS?
1) Amós, o homem - Amós – Hebraico - “Boieiro” – Significa guardador de gado. Natural cidade de Tecoa, 16 kl. sul Jerusalém, pertencente a Judá, Região árida do sertão que se estende até o Mar Morto. Trabalhava com animais, não era rico, completava seu sustento colhendo Sicômoros (tipo de figo) veja (Am.7:14).

2) Amós, o profeta - (Am. 7:14-l5RESPONDEU AMÓS E DISSE A AMAZIAS: EU NÃO SOU PROFETA, NEM DISCIPULO DE PROFETA, MAS BOIEIRO E COLHEDOR DE SICÔMOROS. MAS O SENHOR ME TIROU DE APÓS O GADO E O SENHOR ME DISSE: VAI E PROFETIZA AO MEU POVO DE ISRAEL).
Isso quer dizer que até se chamado por Deus não tinha nenhuma preparação intelectual para ser profeta. Nos dias de Elias e Eliseu, havia escola de profetas (II Rs. 2:3-18). Mas também existiam profetas profissionais que vendiam seus serviços, dizendo apenas o que os governantes desejavam ouvir ( I Rs. 22:5-28 - Rei Josafá de Judá e o Rei Acabe de Israel, fazem uma aliança contra a Síria.
Josafá pede para Acabe consultar os profetas (profissionais) e Josafá não aceita e o mesmo consulta a Profeta MICAIAS (I Rs. 22:20-23). Amós era um profeta autêntico. Amós estava num duro dialogo com o sacerdote Amazias (Am. 7:12-13).

A MENSAGEM DE AMÓS

A mensagem principal de Amós, ele denunciou corajosamente os males que destruíam vida social, econômica e política de Israel. A retidão não podia ser substituída pelos ritos religiosos, aquela nação não poderia escapar dos juízos de um Deus reto.

Sete discursos de juízo contra oito nações.
Observe que antes de cada profecia há a expressão “ ... por três transgressões e por quatro...”


Am. 1:3 - Por três transgressões de Damasco e por quatro, não sustarei o castigo, porque trilharam a Gileade com trilhos de ferro.

Am. 1:6 - Por três transgressões de Gaza e por quatro, não sustarei o castigo, porque levaram em cativeiro todo o povo, para entregarem a Edom.

Am. 1:9 - Por três transgressões de Tiro e por quatro, não sustarei o castigo, porque entregaram todos os cativos a Edom e não lembraram da aliança de irmãos.

Am. 1:11 - Por três transgressões de Edom e por quatro, não sustarei o castigo porque perseguiu o seu irmão à espada e baniu toda a misericórdia; e a sua ira não cessou de despedaçar, e reteve a sua indignação para sempre.

Am. 1:13 - Por três transgressões dos filhos de Amom e por quatro, não sustarei o castigo, porque rasgaram o ventre às grávidas de Gileade, para dilatarem os seus próprios limites.

Am. 2:1 - Por três transgressões de Moabe e por quatro, não sustarei o castigo, porque queimou os ossos do rei de Edom, até os reduzir a cal.

Am. 2:4 - Por três transgressões de Judá e por quatro, não sustarei o castigo, porque rejeitaram a lei do Senhor e não guardaram os seus estatutos; antes as suas próprias mentiras os enganaram e após elas andaram seus pais.

Am. 2:6 - Por três transgressões de Israel e por quatro não sustarei o castigo, porque os juizes vendem o justo por dinheiro e condenam o necessitado por causa de um par de sandálias.


No livro de Êxodo 20:5 - NÃO AS ADORARÁS, NEM LHES DARÁS CULTO; PORQUE EU SOU O SENHOR, TEU DEUS, DEUS ZELOSO, QUE VISITO A INIQUIDADE DOS PAIS NOS FILHOS ATÉ A TERCEIRA E QUARTA GERAÇÃO DAQUELES QUE ME ABORRECEM.

A quarta transgressão é especificada por ser aquela que”enche a medida” (gota d’água). No caso das nações vizinhas é ato de crueldade desumana, que ultrapassa todo o limite.

No caso de Judá e Israel (povo de Deus), a transgressão é agravada pelo fato de terem recebido a revelação de Deus pela Palavra e pelos atos redentores do Senhor durante sua historia. Literalmente transgressão é rebelião.