PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO E 400 ANOS DO SILÊNCIO DE DEUS

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Antigamente as Bíblias vinham com quatro páginas em branco, entre os livros do profeta Malaquias e Evangelho de Mateus. Essas páginas em branco simbolizam os 400 (quatrocentos) anos em que Deus permaneceu em silêncio. Mas o que aconteceu exatamente nesse período de 400 anos? Vamos procurar entender de uma forma rápida.

O que significa Período Intertestamentário? Significa “entre os testamentos”. É desta fração de tempo, que durou quatrocentos anos, que a obra se trata. Durante este tempo, os judeus estiveram sob domínio de algumas nações que iremos citar abaixo:

A SOBERANIA PERSA
(450-333 a.C.)

Por volta de um século depois da época de Neemias, o povo judeu ainda se achava sob a tutela da Pérsia. Os monarcas persas tratavam os judeus com especial tolerância, permitindo-lhes adorar livremente a Deus, e observar a Lei de Moisés. Durante este período, houve luta constante entre a Pérsia e o Egito.

Judá, portanto, encontrava-se "entre a bigorna e o martelo", e muito sofria com isso.

A SUPREMACIA GRECO-MACEDÔNICA
(333-323 a.C.)

Alexandre Magno derrotou o exército medo-persa em 333 a.C., tornando a Macedônia na maior potência de seu tempo. Ele estendeu seus domínios até o Egito, Ásia Menor, Babilônia e Pérsia, alcançando inclusive o Norte da Índia. À semelhança dos persas, tratou com tolerância aos judeus. Promoveu o florescimento do idioma e da cultura gregos, e fundou diversas cidades, entre as quais Alexandria, no Egito. Alexandre morreu com a idade de 33 anos, em 323 a.C.. Com ele, morreu também o seu império.

A DOMINAÇÃO EGÍPCIA
(323-128 a.C.)

Depois da morte de Alexandre, seu império ficou sob o governo de quatro de seus generais. A Síria coube a Seleuco; e, o Egito, a Ptolomeu. Por volta do ano 320 a.C., Ptolomeu I passou a dominar a Judéia. Sob essa dinastia, o povo judeu vivia pacificamente. E, assim, a colonização judaica, no Egito, foi incentivada, resultando, entre outras coisas, na tradução do Antigo Testamento para o grego - a Septuaginta.

O JUGO SÍRIO
(198-166 a.C.)
 
Depois de haver permanecido como tributário do Egito por cerca de cem anos, a nação judaica caiu sob o poder dos reis sírios no ano de 198 a.C. Embora estes monarcas hajam inicialmente favorecido os judeus, Antíoco IV Epífanes (175-164 a.C.), encetou a helenização de seus domínios, pois odiava a religião judaica. Antíoco destituiu o sumo sacerdote, proibiu o sacrifício diário no templo, e, sobre o altar de Jeová, erigiu ele um altar a Zeus. Em 168 a.C., a profanação chegou ao clímax, quando predispôs-se a sacrificar um porco sobre o altar. Como se não bastasse, vendeu milhares de famílias judias como escravas.  


A GUERRA DE LIBERTAÇÃO DOS MACABEUS

(166-63 a.C.)

Em 167 a.C., Deus suscitou um libertador na pessoa de Matatias. Este santo e resoluto sacerdote era pai de três filhos que se destacariam com igual valor na história de Israel: Judas, Simão e Eleazar. Com seu exemplo e enérgicas exortações, logrou despertar nos filhos e no povo o ardor pela defesa da fé. Judas destacou-se pelo gênio militar. Ganhou muitas batalhas contra forças superiores, reconquistou Jerusalém, e promoveu a purificação do templo com a restauração do culto a Jeová. E, assim, foi instituída a festa da dedicação para comemorar a retomada da Cidade Santa e da Casa de Deus. Com a morte dos filhos de Matatias, João Hircano, filho de Simão, 135-106 a.C., começou a sobressair-se na administração da Judéia. E o país passa a desfrutar de sua legendária prosperidade.


A INTERVENÇÃO DO IMPÉRIO ROMANO

(De 63 a.C. aos tempos de Cristo)

O general Pompeu tomou Jerusalém, submeteu a nação judaica e instalou a Hircano II Antípater no poder. Este soberano títere foi sucedido por seu filho, Herodes, o Grande. Depois da batalha de Accio, em 31 a.C., Herodes, o Grande, levou César Augusto a confirmá-lo no governo de toda a Palestina. Herodes tinha uma personalidade mui polêmica. Embora fosse idumeu e possuísse uma alma pagã, esforçava-se por ganhar a simpatia dos judeus. Para tanto, fortificou e embelezou Jerusalém, reconstruiu o templo e ajudava regularmente ao povo. Todavia, era consumadamente cruel. Ordenou a morte do pai, Hircano II, e de sua esposa, Mariane. É também apontado como o principal responsável pela morte de três de seus filhos. Era este o Herodes que reinava na Judéia quando do nascimento de Jesus.

O último do período interbíblico. Roma praticamente “dominou o mundo”, eles eram insaciáveis nas suas conquistas. Eles davam alguma liberdade aos povos vencidos, cada país podia ter seu rei, que é claro, se submetia a Roma. Herodes, filho de Antípater, conquistador da Judeia, foi muito cruel no seu governo sobre a Galileia. Ele não teve coragem de exercer o sumo sacerdócio, pois era estrangeiro. Logo depois, Herodes conseguiu expandir seu reino, e começou a governar sobre todo o território que um dia havia pertencido as doze tribos de Israel, mais a Idumei. Isto incluía a Judeia, a Samaria, a Galileia e a Pereia. Ele tinha grande domínio, mas não respeitou os judeus.

Tudo no tempo de Herodes prosperou, mas seu reino foi muitas vezes manchado por tragédias familiares, mandou matar muitos dos seus para manter-se no poder. Ele procurou encobrir seus crimes restaurando cidades e construindo templos. Herodes mandou destruir o templo erguido por Zorobabel e erguer um maior, estilo greco-romano, todo em pedras brancas. Os judeus se orgulhavam muito, até na época de Jesus, do templo que fora construído por Herodes. Ele veio a morrer com grande agonia e dor.

Herodes foi um pagão, cheio de vícios, inconstante e perverso, mas apesar destas coisas manteve a paz no seu território e seu reinado foi grandioso. Também foi usado por Deus para preparar a vinda do Messias, pois Jesus nasceu em um tempo em que havia paz na Palestina e seu ministério se desenvolveu num ambiente calmo e prospero. Depois da sua morte, o governo ficou para seus filhos: Arquelau governava a Judeia, Idumeia e Samaria; Salomé governava Jânia, Azoto, Fáselo e Ascálon; Herodes Antipas ficou com Galileia e Pereia; Felipe recebeu a tetrarquia de Auranitis e Traconites.

SEITAS POLÍTICO-RELIGIOSAS QUE SURGIRAM NO PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO.

Dentre elas estão os escribas, os fariseus, os saduceus, os essênios, os herodianos, os zelotes, os publicanos e os samaritanos.

OS ESCRIBAS originaram as sinagogas. Eles eram mestres da lei e a preservavam, reuniam um bom número de discípulos que se comprometiam a aprender a interpretação da lei e passa-la adiante. Era responsabilidade deles administrar a lei como juízes do Sinédrio. “Escriba” é o mesmo que “Doutor da Lei”, segundo Josefo. Os escribas que se ocupavam do ensino eram chamados de “rabis” ou “rabinos”.

O termo “escriba” é muito abrangente. Na época de Esdras (capítulo 7) os escribas eram sacerdotes copistas, extremamente cuidadosos, da Torá (Lei de Moisés). Porém, nos dias de Jesus, os escribas eram indivíduos com muito estudo e conhecimento, que dedicavam boa parte de suas vidas ao estudo e instrução da Lei (não necessariamente eram sacerdotes). Interpretavam e ensinavam as Leis de Moisés (chamada de Torá escrita), associadas a alguns princípios jurídicos e culturais (Torá oral ou “Tradição dos antigos” – capítulo 15 de Mateus e capítulo 7 de Marcos).

OS FARISEUS, significa “separado”, talvez receberam este nome porque não queriam ficar juntos do povo com medo de se tornarem imundos. Gostavam de ser chamados de “companheiros” ou “santos”. EXISTIAM DOIS GRUPOS DE FARISEUS, os separatistas e os liberais. Os separatistas se opunham as influências helenísticas na palestina, os liberais eram favoráveis a elas. Os separados lutaram junto com Judas Macabeu nas Guerras Macabeias. Jesus repreendeu muitas vezes os membros deste grupo e os condenou por seus pecados, crimes e hipocrisia. Além da Lei, os fariseus guardavam muitos preceitos de homens, e colocavam essa tradição humana acima da Lei de Deus. De Modo geral, foram eles que prepararam o terreno para que Jesus fosse crucificado. No tempo de Herodes, o Grande, haviam cerca de seis mil fariseus.

Os fariseus geralmente eram indivíduos de uma classe social intermediária. Embora fossem minoria no Sinédrio, eram indispensáveis, pois tinham o apoio do povo judeu. Essa popularidade rendia-lhes muitas conquistas no conselho.

OS SADUCEUS, que eram membros do sinédrio e insistiam mais na prática moral do que no cumprimento da lei cerimonial. Eles acreditavam somente na lei escrita. Negavam tanto a recompensa quanto o castigo após a morte. Negavam a ressurreição. Para eles a alma não existia, com a destruição do corpo tudo estava terminado. Interpretação o Antigo Testamento ao pé da letra. Não criam em anjos nem na existência do céu ou inferno. Havia grande divergência entre os fariseus e os saduceus.

Os saduceus geralmente eram ricos e ocupavam cargos de prestígio em Israel, como o de sumo sacerdote. Eram também a maioria no Sinédrio (conselho que julgava assuntos da lei judaica e da justiça criminal, na Judéia e em outras províncias). Tinham uma grande preocupação em acatar as decisões de Roma (que dominava Israel no período em questão), dando, muitas vezes, mais importância à política do que à religião. Vale destacar que os saduceus não eram bem vistos pelo povo, já que faziam parte da elite e apoiavam os romanos. Esse grupo deixou de existir após a destruição do Templo de Jerusalém, em 70 d.C., já que tinha uma forte tendência política.

OS ESSÊNIOS, Eles tinham uma vida comunitária e familiar. Consideravam-se servos de Deus e não imolavam animais; viviam em aldeias; Não se preocupavam em ajuntar tesouros; Não se interessavam pelo comércio; Não tinham escravos; Eram aplicados na prática moral; Guardavam o sábado; Respeitavam os anciões; Ensinavam a amar todos os homens; Confiavam na força de Deus; Aceitavam a ressurreição a a vida após a morte; Seguiam fielmente a linha do Antigo Testamento.

OS HERODIANOS, eram um partido mais político do que religioso. Eram um com os saduceus em religião. Constituíam uma fraternidade em honra a Herodes. Tinham várias contendas com os fariseus.

OS ZELOTES em termos doutrinários se igualavam aos fariseus, mas tinham muito amor à liberdade e desprezo à própria vida.

DIFERENÇAS ENTRE FARISEUS E SADUCEUS:

Os saduceus eram mais conservadores. Consideravam apenas a Palavra escrita (hoje, o Velho Testamento) como divina, enquanto os fariseus colocavam a tradição oral em igualdade com a mesma.

Os saduceus negavam a ressurreição dos mortos, além da existência de anjos e demônios, enquanto os fariseus aceitavam (Atos 23:8).

Apenas os fariseus acreditavam em vida e recompensa/punição após a morte.

Os saduceus defendiam a idéia do livre-arbítrio humano, enquanto os fariseus atribuíam os acontecimentos à vontade de Deus.

Apenas os fariseus defendiam a “Tradição dos Antigos”, considerando-a como o desenvolvimento da Torá escrita.

Percebemos, então, que os fariseus estavam mais próximos dos ensinamentos de Jesus do que os saduceus. Mas, apesar de tantas diferenças, tiveram algo em comum: ambos foram censurados e duramente criticados por Jesus. Os saduceus por desprezarem vários preceitos divinos; os fariseus por considerarem suas tradições tão importantes como a Palavra de Deus.

Porém, muitos membros desses grupos, principalmente fariseus, converteram-se ao Evangelho (Atos 15:5). Embora tenham unido forças para condenar a Jesus, vários deles tornaram-se importantes na disseminação da Palavra de Deus, tendo como exemplo mais conhecido o apóstolo Paulo, que era fariseu.

NÃO SE PODE ESQUECER, AINDA, DE DOIS ACONTECIMENTOS:

Alguns fariseus alertaram Jesus para o fato de Herodes querer matá-lo (Lucas 13:31).

Jesus foi convidado por um fariseu para jantar em sua casa, e assim o fez (Lucas 7:36).

Portanto, devemos nos despir de preconceitos generalizados, principalmente em relação ao grupo farisaico. Temos de aprender com os seus erros, não sendo hipócritas como muitos deles foram (esses é quem foram criticados por Jesus), mas também reconhecer a sua importância para a manutenção da fé judaica até os dias de Cristo. Certamente existiam fariseus sinceros, que preferiam seguir a essência da Lei ao invés de ficarem se exibindo como seguidores fiéis de algumas particularidades do Pentateuco ou de suas tradições.

À MARGEM DOS JUDEUS HAVIAM OS PUBLICANOS E OS SAMARITANOS.

O PUBLICANOS eram uma classe imposta pelos dominadores romanos para lhes coletar impostos, erma muito odiados pelos judeus, pois “tiravam deles para enviar a Roma”, e muitas vezes roubavam do povo.

OS SAMARITANOS também eram odiados pelos judeus, pois eram “judeus misturados”, mas assim como os judeus criam que o Messias havia de vir.

INSTITUIÇÕES JUDAICAS:

O TEMPLO: os judeus se orgulhavam dele, era enorme e majestoso.

A SINAGOGA: significa “congregação”, surgiu no período do cativeiro babilônico, era uma espécie de “mini templo” onde se lia a Torá e se faziam orações. Foram de grande valor para a pregação do evangelho, principalmente para o apóstolo Paulo, que muitas vezes foi convidado para falar em sinagogas.


O SINÉDRIO: significa “a grande sinagoga”. Era inicialmente constituído pela aristocracia sacerdotal, nos dias de Jesus tinha um poder jurisdicional muito grande, abrangia a área civil e criminal. O julgamento de Jesus pelo sinédrio foi ilegal, pois foi feito a noite, horário em que não era permitido.

A IGREJA E A EXCELÊNCIA

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Como gostamos de ser bem recebidos, com um belo sorriso e uma saudação calorosa quando vamos comprar um produto ou solicitar um serviço. E melhor ainda, quando somos encaminhados a um ambiente limpo e organizado, com colaboradores atenciosos e educados, que estão prontos para nos oferecer a solução mais adequada às nossas necessidades. Organizações de excelência buscam essa postura, e utilizam-na como diferencial, pois sabem que o ser humano é atraído pela excelência e encantado pela qualidade!

A igreja também foi escolhida por Deus para ser exemplo de excelência e qualidade neste mundo. Para atrair e encantar as pessoas com sua mensagem de amor e salvação, que quando aliadas a um ambiente de excelência e zelo, produzem frutos eternos! A Bíblia demonstra que o padrão esperado por Deus, não é nada menos que o nosso melhor para sua
obra. De acordo com Salomão, nossas ações devem estar pautadas em níveis de excelência que superem a mediocridade ou normalidade, pois "TUDO O QUE VOCÊ TIVER DE FAZER FAÇA O MELHOR QUE PUDER" - Ec 9:10, e ele ainda afirma que "QUEM É RELAXADO EM SEU TRABALHO É IRMÃO DO QUE O DESTRÓI" - Pv 18:9, igualando as pessoas displicentes e negligentes com os que arruínam a obra. Já em Jeremias, encontramos uma severa advertência aos despreocupados com qualidade de seu serviço a Deus, "MALDITO AQUELE QUE É RELAXADO NO SERVIÇO DE DEUS!" - Jr 48:10.


No livro de Malaquias, capítulo primeiro, Deus repreende o povo de Israel por oferecerem os seus piores animais como ofertas. Eles intencionalmente escolhiam animais doentes, cegos, aleijados ou de má aparência para entregarem no altar. O profeta exortou-os afirmando que se não era para oferecerem o melhor, que não trouxessem nada então, pois a mentalidade de "Qualquer coisa serve. É só para Deus mesmo" não era aceitável!

Esse padrão de qualidade não foi extinto no Novo Testamento. Paulo em sua carta aos colossenses ordena: "O QUE VOCÊS FIZEREM FAÇAM DE TODO O CORAÇÃO, COMO SE ESTIVESSEM SERVINDO O SENHOR E NÃO AS PESSOAS" - Cl 3:23, estendendo esse nível de excelência para todos os serviços realizados pelo cristão na igreja ou fora dela.


De acordo com Bill Hybels a "excelência honra a Deus e inspira as pessoas", e Bob Russel
concorda afirmando que "se o trabalho está relacionado com o reino de Deus, ele merece nossa máxima dedicação, mediocridade gera indiferença, mas a qualidade atrai". 


MAS O QUE É EXCELÊNCIA? 

Segundo Lee Strobel, a excelência não é um perfeccionismo neurótico, mas simplesmente fazer o melhor que pudermos com o que temos ao nosso alcance. Mesmo sendo simples a excelência não é conquistada facilmente, pois existem três fatores fundamentais para o alcance de um alto padrão e qualidade: tempo, dinheiro e esforço. Talvez seja por isso que a excelência seja algo raro em alguns lugares. O fator tempo significa que os serviços de qualidade não são instantâneos, eles requerem algumas horas de bom planejamento e outras horas de execução paciente, para que tudo saia como o esperado. Isso se aplica no preparo dos sermões, nos ensaios do louvor, nas peças teatrais e assim por diante.

E a excelência tem o seu preço, tornando o fator dinheiro muitas vezes o maior empecilho para que igrejas façam a obra de Deus com um elevado padrão de qualidade. Essa dificuldade de investir na excelência, não advém da escassez de recursos, mas talvez da falta de conhecimento desta necessidade de oferecer e fazer sempre o melhor. Além disso, outro elemento da excelência é o esforço. Músicos, atletas e profissionais destacados em suas áreas, são conhecidos por sua qualidade e talento, que aprimoraram com muito esforço e empenho, seja treinando ou estudando, para lapidar o seu potencial. Na igreja também devemos enfatizar esse compromisso, pois além do esforço humano, contamos com o poder capacitador do Espírito Santo para realizar a obra de Deus.


A cada semana, nossas celebrações, cultos infantis, células, encontros de jovens e adolescentes, eventos e retiros podem tornar-se melhores e mais atraentes aos perdidos, se obedecermos à ordem que foi dada a Josué, "ESFORÇA-TE, E TEM BOM ÂNIMO; [...] TÃO-SOMENTE ESFORÇA-TE E TEM MUI BOM ÂNIMO" - Js 1:6-7.


Mas como alcançar esse padrão de excelência? Bob Russel relaciona sete conselhos para elevar o nível de qualidade em nossas igrejas e ministérios:

Estabeleça o padrão de qualidade com antecedência: normalmente a quantidade de esforço empregada para realizar uma tarefa pela primeira vez, torna-se o padrão para ações posteriores. Sendo assim, defina um elevado padrão de excelência desde a primeira vez que fizer algo novo em sua igreja. E procure com o tempo elevar esse padrão a cada ano;


Não confie em sua auto avaliação: sempre procure pessoas sinceras, de sua confiança, que não hesitarão em dar um feedback real e construtivo sobre as atividades realizadas por você, pois não é sábio determinar se algo é de alta qualidade tendo como base apenas em uma única perspectiva. Qual foi a última vez que você pediu uma avaliação de terceiros?


Faça apenas o que puder ser feito com capricho: infelizmente não podemos ser tudo para todos e nem todas as boas ideias podem ser concretizadas com qualidade, porque exigirão recursos que no momento não fazem parte da realidade da igreja. Cabe ao líder discernir se o projeto em análise é viável ou não, se poderá ser feito com excelência e se apenas será mais um programa ou evento de baixo impacto e amador;


Desista do que não estiver mais dando frutos: não precisamos continuar fazendo algo só porque sempre fizemos. Se algo não está mais dando os frutos esperados e está sendo ineficiente, talvez seja a hora de realizar um "funeral" desse programa. Mas sempre tendo em vista que outra pessoa poderá ressuscitá-lo futuramente e sair-se melhor, trazendo assim novos frutos para o Reino de Deus. Toda ação ineficiente e infrutífera, declinará em sua qualidade mais cedo ou mais tarde;


Incentive as pessoas a participarem em projetos para os quais têm talento: as atividades somente serão realizadas da melhor maneira, se as pessoas envolvidas possuírem os talentos necessários para tal tarefa. Além de ajudar a pessoa a encontrar uma função que a satisfaça, o líder estará assegurando-se do padrão de qualidade do trabalho;


Procure caprichar, mas não exagere: bom senso é fundamental e ostentação não é sinal de qualidade, mas sim de vaidade e motivações obscuras. Portanto, seja moderado na escolha de decorações, apresentações especiais e principalmente no atendimento aos visitantes da igreja, que poderão sentir-se "intimidados" caso seja direcionado muita atenção a eles na primeira visita;


Tenha senso de humor: no processo de aperfeiçoamento, ficaremos desapontados algumas vezes porque os planos não saíram conforme o esperado, mas tenha senso de humor e aprenda a rir dos próprios erros e fracassos, pois eles serão sua escada para a próxima oportunidade. Vale frisar também, o princípio do monitoramento, que segundo Tom Peters e Robert Waterman Jr. que analisaram as empresas mais bem administradas dos EUA por 20 anos e reuniram as lições aprendidas no livro "Em Busca da Excelência", é imprescindível monitorar e avaliar constantemente o nível de qualidade das organizações para proteção contra o desgaste, visto que com o tempo nosso padrão de excelência declina por falta de acompanhamento.


O próprio Deus na criação do universo, conforme criava, avaliava e atestava a qualidade de seus feitos. A expressão "E VIU DEUS QUE ERA BOM" aparece seis vezes em Gênesis 1. Jesus na "ORAÇÃO SACERDOTAl" em João 17:12 também avaliou e atestou sua obra de discipulado com os apóstolos, afirmando "OS PROTEGI [...] OS GUARDEI [...] NENHUM DELES SE PERDEU[...]", Jesus sabia exatamente que havia atingido o alvo de qualidade esperado pelo Pai em relação aos seus discípulos.


Somos representantes de um Deus que sempre faz tudo perfeito e oferece o seu melhor, e que assim espera que seus filhos o façam e quando possível, até melhor do que os filhos das trevas. Pois conforme Bill Hybels diz, "imagine o que aconteceria a todas as igrejas do planeta se todos os pastores, membros de equipes, voluntários, presbíteros ou diáconos e os que servem nos ministérios infantis dissessem: você não tem que se preocupar comigo. Estou comprometido a dar o meu melhor, todos os dias. Viverei em união vital com Deus e
irei consistentemente oferecer minha oferta mais excelente. O padrão que estabeleci é mais elevado que qualquer outro que você poderia estabelecer para mim." 


O que aconteceria à sua liderança? O que aconteceria à sua pregação? O que aconteceria à sua música? O que aconteceria às nossas igrejas se estabelecessem seus próprios padrões de controle de qualidade, baseados na excelência de Jesus Cristo e permanecessem inabaláveis em honrá-lo com seu melhor sempre? Devemos batalhar pela excelência, porque ela honra a Deus, inspira as pessoas e representa um sério problema para o inimigo de nossa alma.



FONTE DE INFORMAÇÕES:


Site: www.institutojetro.com
Autor: Filipe Ivo Pereira