O que é a Escola Dominical?
É uma agência da Igreja que tem por fim levar seus alunos à aceitação pessoal de Cristo como Salvador e Senhor, e ao seu desenvolvimento na vida cristã por meio de estudo sistemático da Palavra de Deus.
A História da Escola Bíblica Dominical
A Escola Bíblica Dominical é uma instituição moderna, que tem suas raízes desde da época do Antigo Testamento nas prescrições dadas por Deus aos patriarcas e ao povo de Israel. A Escola Bíblica Dominical não existia, mas havia o principio fundamental “o do ensino bíblico” determinado por Deus aos fiéis e aos estranhos ao seu redor.
Nos Dias de Moises – O Lar era de fato uma escola, onde os filhos aprendiam a temer e amar a Deus (“Dt. 6:7 - TU AS ENSINARÁS A TEUS FILHOS, E DELAS FALARÁS ASSENTADO EM TUA CASA, E ANDANDO PELO CAMINHO, E AO DEITAR-TE, E AO LEVANTAR-TE”).
Havia reuniões públicas, das quais participavam homens, mulheres e crianças, aprendendo a Lei Divina (“Dt. 31:12, 13 - AJUNTAI O POVO, OS HOMENS, AS MULHERES, OS MENINOS E O ESTRANGEIRO QUE ESTÁ DENTRO DA VOSSA CIDADE, PARA QUE OUÇAM, E APRENDAM, E TEMAM O SENHOR, VOSSO DEUS, E CUIDEM DE CUMPRIR TODAS AS PALAVRAS DESTA LEI; PARA QUE SEUS FILHOS QUE NÃO A SOUBEREM OUÇAM E APRENDAM A TEMER O SENHOR, VOSSO DEUS, TODOS OS DIAS QUE VIVERDES SOBRE A TERRA À QUAL IDES, PASSANDO O JORDÃO PARA A POSSUIR”).
Nos Dias de Esdras e Neemias – Lemos que quando o povo voltou do cativeiro, um grande avivamento espiritual teve lugar entre os israelitas. Esse despertamento teve origem numa intensa disseminação da Palavra de Deus e incluiu um vigoroso ministério de ensino bíblico. É dessa época que temos o relato do primeiro movimento de ensino bíblico metódico popular similar ao da nossa Escola Bíblica Dominical de hoje.
O Capitulo 8 do livro de Neemias dá um relato de como era a Escola bíblica popular de então – ou como chamamos hoje: Escola Bíblica Dominical. Esdras era o superintendente (Ne. 8:2); o livro-texto era a Bíblia (v.3); os alunos eram homens, mulheres e crianças (v.3; 12:43). Treze auxiliares ajudavam a Esdras na direção dos trabalhos (v.4) e outros treze serviam como professores ministrando o ensino (v.7,8). O horário ia da manhã ao meio-dia (v.3). Afirma o versículo 8 que os professores liam a Palavra de Deus e explicavam o sentido para que o povo entendesse. É certo que aí há um problema lingüístico envolvido (o povo falando o aramaico ao retornar do exílio), mas o que sobressai mesmo é o ensino da Palavra, patente em todo o capítulo. Por certo, o leitor gostaria de ter pertencido a uma escola assim, espiritualmente avivada.
O resultado desse movimento de ensino da Palavra foi a operação do Espírito Santo em profundidade no meio do povo, conforme atesta todo o capítulo 9 e os subseqüentes do livro de Neemias. É o cumprimento da promessa de Deus em Isaias 55:11.
Nos Dias de Jesus – Jesus foi o Grande Mestre. Grande parte do seu Ministério eles este ocupando “ensinando”. (Lc. 20:1 – Mt. 4:23; 9:35; 28:19, 20). Sua ordem é clara.
A quem e onde Jesus ensinava?
Nas sinagogas (Mc. 6:2)
Em casas particulares (Lc. 5:17; Mc. 2:1)
No templo (Mc. 12:35)
Nas aldeias (Mc. 6:6)
Às multidões (Mc. 6:34)
A pequenos grupos e individualmente (Lc. 24:27; Jo. 3 e 4)
O Ministério de Jesus era tríplice: Ele pregava, ensinava e curava, pois era um Ministério de poder e de milagres.
A Fase Atual – A Escola Bíblica Dominical Moderna – A Escola Bíblica Dominical, que temos hoje, começou em 1780, na Cidade de Gloucester, no sul da Inglaterra. O fundador foi o jornalista evangélico “Roberto Raikes”, de 44 anos, redator do “Gloucester Jornal”. Raikes foi inspirado a fundar a Escola Bíblica Dominical ao sentir compaixão pelas crianças de sua Cidade, que perambulavam pelas ruas, entregue à ociosidade, ao abandono e ao vício, sem qualquer orientação espiritual. Ele, que já trabalhava entre detentos das prisões da Cidade, pensou no futuro daquelas crianças e decidiu fazer algo em seu favor. Procurava as crianças em plena rua e as conduzia ao local de reunião, fazendo-lhes apelos para que todos os domingos estivessem ali reunidos.
O Grande promotor da Escola Bíblica Dominical foi o Batista “Londrino William Fox”, trabalhando harmoniosamente com Roberto Raikes. De acordo com as diretrizes de Raikes, nas reuniões dominicais, além do “Ensino das Escrituras”, era também ministrado às crianças princípio de “Linguagem”, “Aritmética” e “Instrução Moral” e “Cívica”. O ensino das Escrituras consistia em “Leitura e Recitação”. Em seguida teve inicio a prática de comentar os versículos lidos. Muito depois surgiu a “Revista da Escola Bíblica Dominical”, com lições em série e apropriadas.
Raikes enfrentou oposição. As Igrejas da época encaram o surgimento da Escola Bíblica Dominical com uma inovação e algo desnecessário. Os mais “zelosos”(?) acusavam Raikes de “profanador do domingo”. O jornal do qual era redator foi uma coluna forte na defesa e apoio da novel instituição, publicando extensa série de artigos sob o título “A Escola Dominical”, reproduzido nos jornais londrino.
Foi assim o começo a Escola Bíblica Dominical, o começo de um dos mais poderosos movimentos da História da Igreja.
Alguns Fatos Históricos a Escola Bíblica Dominical – Em janeiro de 1782, funcionou a primeira Escola Dominical em caráter permanente. O trabalho cresceu tanto, que deu inicio a um movimento de expansão, criando novas Escolas. Em 03 de novembro de 1783 – Até hoje considerado como o dia natalício da Escola Bíblica Dominical, deu inicio a expansão.
Durante muito tempo, só crianças freqüentavam a Escola Dominical. Os adultos ingressaram depois. Hoje, em inúmeros lugares ocorre o inverso: quase só adultos são beneficiados, ficando as crianças em último plano...
Em 1784, o movimento, a Escola Dominical já contava com 250 mil alunos matriculados.
Após o Século XIX, muitos outros paises adotaram a Escola Dominical.
A Escola Bíblica Dominical no Brasil – Teve inicio em 19 de agosto de 1855, na Cidade de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro. O fundador foi o missionário “Robert Read Kalley” e sua esposa, “Dra. Sarah Poulton Kalley”, s Igreja Congregacional, vindos da Escócia.
Na primeira reunião, na data acima, a freqüência foi de 05 crianças, mas este movimento veio para ficar... E Ficou! Avançou como fogo em campo aberto, impelida pelo zelo de milhares de seus obreiros, inflamados pelo Espírito Santos! Essa mesma Escola Dominical deu origem à Igreja Congregacional no Brasil.
Os Objetivos da Escola Bíblica Dominical
A Escola Bíblica Dominical é uma escola que evangeliza enquanto ensina a Palavra de Deus. Não se trata apenas de uma reunião domingueira comum, ou um culto a mais. Esses objetivos são três, a saber:
Ganhar Almas para Jesus – O primeiro grande dever do Professor é Agir e Orar diante de Deus no sentido que todos os seus alunos aceitem a Jesus com Salvador e o sigam como seu Senhor e Mestre. O professor não pode salvar seus alunos, mas pode leva-los a Cristo, o Salvador, como fez André (Jo. 1:42). A Bíblia não diz “ENSINA A CRIANÇA no caminho em que vai andar”, ou “quer andar”, mas “NO CAMINHO EM QUE DEVE ANDAR – Pv. 22:6”.
Desenvolver a Espiritualidade dos Alunos e o Caráter Cristão – São os hábitos que formam o caráter e esse influi no destino da pessoa. Afirma a filosofia “ O PENSAMENTO CONDUZ AO ATO, O ATO CONDUZ AO HÁBITO, O HABITO CONDUZ AO CARATER, O CARATER CONDUZ AO DESTINO DA PESSOA”. Isso humanamente falando. Uma E.B.D. dotada de professores treinados e cheia do Espírito Santo pode contribuir eficazmente para a implantação de uma Fé Cristã entre os homens. Não podemos esperar isso de uma escola pública. Um dos intuitos da E.B.D. é fazer de seus alunos, Adultos, Jovens, Adolescentes e Crianças, verdadeiros cristão, cujas vidas se assemelham em palavras e obras ao ideal apresentado em Jesus Cristo.
Treinar o Cristão para o Serviço do Mestre – Hoje inúmeros obreiros são frutos da E.B.D., O professor tem o privilégio de contribuir para a causa de Cristo e o dever de trazer a consciência do aluno a “Atividade Cristã” com Oração.
O lema da E.B.D. completa deve ser:
Cada aluno um crente salvo.
Cada salvo, bem treinado.
Cada Aluno treinado, um obreiro ativo, diligente e dinâmico.
Assim, o objetivo pode ser resumido em três fases: Aceitar Jesus; Crescer em Jesus e Servir a Jesus.
Pelo testemunho da História, por seus objetivos e pelos frutos alcançados, a Escola Bíblica Dominical e a melhor escola do mundo. Eis porquê dessa certeza:
Seu livro-texto é o melhor do mundo – A palavra de Deus, o mapa que nos guia ao céu.
Seu supremo dirigente é o Deus vivo, Todo-Poderoso e amoroso, que criou os mundos.
Seu alcance é o mais vasto do mundo: do bebê ao ancião mais idoso.
Seus alunos são o melhor povo do mundo: os que conhecem e amam a Deus e sua Palavra.
Seus resultados são os melhores do mundo, porque são infalíveis, materiais, espirituais e eternos.
Melhor escola Teológica – Pois nunca se acaba, o fim será no dia do arrebatamento da Igreja.
Observações Úteis e Práticas no Manuseio e Estudo da Bíblia
Quanto ao manuseio da Bíblia:
1) Apontamentos individuais - Habitue-se a tomar notas de suas meditações na Palavra de Deus. A nossa memória falha com o tempo.
2) Aprenda a ler e escrever referências bíblicas - Um sistema simples e rápido para escrever referências bíblicas é o adotado pela Sociedade Bíblica do Brasil: duas letras, sem ponto abreviativo, para cada livros da bíblia. (Ex.: I Jo 2.4 – 1 João , capitulo 2, versículo 4).
3) Diferença entre “Texto, Contexto e Referência ”.
a) Texto - São as palavras contidas numa passagem.
b) Contexto - É a parte que fica antes e depois do texto que estamos lendo. O contexto pode ser um versículo, um capitulo ou um livro inteiro, como é o caso do livro de Provérbios.
c) Referência - É a conexão direta entre determinado assunto. Além de indicar livro, capitulo e versículo, a referência pode levar outras indicações; depende da clareza que queira dar, com:
INDICAÇÃO DA PARTE INICIAL de um versículo: “Rm 11.17a.
INDICAÇÃO DA PARTE FINAL de um versículo: “Rm 11.17b.
INDICAÇÃO DE VERSÍCULOS que se seguem ou não até o fim do capitulo em estudo; “Rm 11.17ss.
Fontes de Consulta:
O professor precisa ter sua biblioteca particular. O grande apostolo Paulo tinha sua fontes de consulta (II Tm 4:13 - QUANDO VIERES, TRAZE A CAPA QUE DEIXEI EM TRÔADE, EM CASA DE CARPO, BEM COM OS LIVROS ESPECIALMENTE OS PERGAMINHOS.). Sempre houve muitos livros no mundo. Salomão no seu tempo já dizia: (Ec 12.12 - ...NÃO HÁ LIMITE PARA FAZER LIVROS). Não se trata de ter muitos livros, mas tê-los bons, abrangendo cultura secular e cultura bíblica em geral. Livros há que só servem para alimentar o fogo (At 19.19 - TAMBÉM MUITOS DOS QUE HAVIAM PRATICADO ARTES MÁGICAS, REUNINDO SEUS LIVROS, OS QUEIMARAM DIANTE DE TODOS...).
AQUI ESTÃO ALGUMAS BOAS FONTES DE CONSULTA:
A Bíblia
Dicionário de Português
Dicionário bíblico.
Concordância bíblica, para localizar versículos.
Comentários bíblicos.
Manuais de Doutrina.
Atlas Bíblico.
Observações Sobre Fontes de Consulta:
Os livros comuns podem ser bons, mas não são substitutos da Bíblia. Leia e estude primeiramente a Bíblica e depois os outros livros.
Há pessoas que após lerem determinados livros, passam ser um mero eco ou reflexo dele. Devemos ser cautelosos nisso.
Há divergência entre autores de livros, dados as diferentes escolas e correntes teológicas; mas na Bíblia não há divergência! Portanto ela é sempre a autoridade suprema e principal; a pedra de toque.
Devemos estudar a Bíblia não pela luz deste ou daquele teólogo, mas pela luz do Espírito de Deus, sentindo sempre o toque, direção e prumo.
Não devemos levar mais tempo com os livros comuns, do que com a Bíblia.