Observando as Ordenanças
O batismo nas águas e a Ceia ou comunhão, são ordenanças instituídas por Cristo para serem observadas pela Igreja. A Ceia surgiu na última páscoa de Cristo com seus discípulos antes da crucificação. Mas tarde, Paulo corrigiu a Igreja de Coríntios por perverter esta comemoração com sua conduta egoísta. O propósito da Ceia é proclamar simbolicamente a morte de Cristo. Ele exige que cada cristão se prepare com cuidado cada vez que celebra a Ceia do Senhor.
O Contexto Histórico
Na noite anterior à sua morte, nosso Senhor Jesus Cristo reuniu-se com os discípulos no cenáculo para tomar a refeição páscoa. Todos os anos, o povo judeu reunia-se para celebrar a páscoa, uma refeição especial ordenada por Deus para comemorar a libertação de Israel.
O batismo nas águas e a Ceia ou comunhão, são ordenanças instituídas por Cristo para serem observadas pela Igreja. A Ceia surgiu na última páscoa de Cristo com seus discípulos antes da crucificação. Mas tarde, Paulo corrigiu a Igreja de Coríntios por perverter esta comemoração com sua conduta egoísta. O propósito da Ceia é proclamar simbolicamente a morte de Cristo. Ele exige que cada cristão se prepare com cuidado cada vez que celebra a Ceia do Senhor.
O Contexto Histórico
Na noite anterior à sua morte, nosso Senhor Jesus Cristo reuniu-se com os discípulos no cenáculo para tomar a refeição páscoa. Todos os anos, o povo judeu reunia-se para celebrar a páscoa, uma refeição especial ordenada por Deus para comemorar a libertação de Israel.
Sempre que um israelita participava da festa anual da páscoa, lembrava-se de que Deus livrou sua nação da escravidão no Egito. A páscoa celebrada hoje ainda relembra esse grande livramento histórico, mas, tragicamente, não vê o livramento maior que prenunciava: a Cruz de Cristo.
Jesus tomou aquela antiga festa e a transformou numa refeição como novo significado, quando instruiu os discípulos a beber o cálice e comer o pão em memória de sua morte em favor deles. O Calvário supera o Êxodo do Egito como o maior evento redentor da história. Os Cristãos não relembram o sangue nos umbrais e nas vergas da casas no Egito, mas o sangue derramado na Cruz.
A Ceia do Senhor é um memorial instituído pelo próprio Senhor. Ele se tornou a concretização plena do livramento do pecado e da morte quando derramou seu sangue e morreu na Cruz.
Marcos 14:22-25, Mt. 26:26-29 e Lc. 22:17-20 registra a narrativa da refeição da páscoa conhecida como a ultima Ceia do Senhor.
A Ceia do Senhor tornou-se celebração normal da Igreja Primitiva. Atos 2:42 afirma: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”. A expressão “partir do pão” tornou-se sinônima de refeição fraterna, com os crentes incorporando a Ceia estabelecida por Jesus ao final de uma refeição em conjunto. Mas tarde, essa combinação de refeição fraternal e Ceia passou a ser conhecida como festa do amor (Jd. 12).
A Igreja Primitiva juntou a Ceia a uma refeição, não apenas porque o Senhor Jesus o tivesse feito, mas porque o povo judeu sempre associou a páscoa com uma refeição. Os gentios também incluíam uma refeição com alimentos levados por eles mesmos nas festas religiosas.
Ao que parece, a Igreja Primitiva celebrava a Ceia do Senhor diariamente (At. 2:46). Nos tempos bíblicos, era comum a comunhão girar em torno de uma mesa, enquanto as pessoas alimentavam-se. O anfitrião simplesmente se assentava, tomava um pedaço de pão, quebrava-o e iniciava a refeição.
Mas tarde na vida da igreja, a freqüência da refeição comunitária juntamente com a Ceia foi reduzida a uma celebração semanal (At. 20:7).
Uma vez que a Bíblia não destaca especialmente a freqüência com que se deve observar a Ceia do Senhor, seria aceitável observa-la após qualquer refeição, seja na igreja ou em casa. O importante é obedecer ao que o Senhor disse e vivenciar o maravilhoso privilégio de comemorar sua morte e antegozar sua volta.
O Contexto Literário
Em I Coríntios 11, o Apostolo Paulo escreve para corrigir abusos que haviam ocorrido na igreja de coríntios em relação à Ceia do Senhor. A situação é maravilhosamente instrutiva e aplicável para os dias de hoje.
A perversão que havia acontecido
O Cristianismo havia quebrado barreiras socioeconômicas, mas vinte anos após a ascensão de Jesus, os coríntios estavam começando a erigi-las novamente. Esperava-se que os mais prósperos trouxessem comida para a refeição comunitária e a dividissem com os pobres, mas os ricos chegavam cedo e comiam toda a comida em seus grupos exclusivistas, antes de chegarem os pobres. O segundo grupo então, voltava para casa com fome ( I Co. 11:33,34).
Tal abuso contra o amor e a unidade cristã fazia com que a participação na mesa do Senhor fosse assunto de zombarias. Paulo começa sua discussão desse problema dizendo: “Vos ajuntais não para melhor, senão para pior” (v.17).
É triste dizer, mas é provável que essa condenação aplique-se a verdade, ou então discutem sobre preferências pessoais ou questões teológicas triviais.
Se uma igreja chega a um ponto em que suas reuniões não produzem bons resultados, então está com problemas.
Os coríntios talvez pensassem que estavam observando a Ceia do Senhor partindo o pão, passando o cálice e pronunciando algumas palavras de Jesus, mas aqueles atos não correspondiam ao espírito com que conduziam a comunhão. Seus corações facciosos e egoístas só produziam uma cerimônia superficial.
Todos sabem que ninguém chega a uma refeição comunitária com um prato para sentar-se num canto e comer sua própria comida. Mas era isso que os coríntios estavam fazendo.
Os ricos estavam se alegrando e até se embebedando (v.21), enquanto os pobres continuavam famintos. Aquilo minava o próprio motivo da festa do amor, que ra satisfazer, de um modo harmonioso, as necessidades dos menos afortunados e lembrar o grande sacrifício que os tornara um. A insensibilidade egoísta em relação as necessidade dos outros havia substituído a unidade pretendida.
A Igreja é um lugar – talvez o único – em que ricos e pobres podem comungar juntos em amor e respeito mútuo (Jo. 13:34,35; Tg. 2:1-9; I Pe. 4:8-10 e I Jo. 3:16-18). A unidade por meio do ministério a grupos necessitados diversos tornou-se o padrão para a nova igreja à medida que compartilham todas as coisas (At. 4:32-37).
Separações raciais, sociais ou econômicas não tem lugar na igreja.
O Propósito da Cerimônia
A Ceia do Senhor é um memorial d’Aquele que viveu e morreu por nós, um momento de comunhão com Ele, uma proclamação do significado de sua morte, e um sinal de que esperamos sua volta. A natureza sagrada e abrangente da Ceia exige que tratemos com a dignidade que merece. Era exatamente isso que os coríntios não faziam. Eles haviam transformado a Ceia do Senhor em zombaria.
Para reconduzi-los ao caminho correto, Paulo faz uma bela apresentação do significado da Ceia do Senhor. Em meio à situação vergonhosa em Corinto (I Co. 11:23-26).
O que Paulo disse não era sua opinião pessoal, mas uma tradição transmitida; uma revelação especial havia recebido diretamente do Senhor Jesus Cristo.
À noite em que Jesus instituiu a Ceia do Senhor não foi uma noite comum. Ela possuía um significado especial porque era páscoa.
E aquela páscoa em especial era significativa porque a crucificação de Jesus seria no dia seguinte, enquanto a páscoa ainda estaria sendo observada. Como cordeiro de Deus, Jesus foi o grande sacrifício pascal (Jo. 1:29; I Co. 5:7).
O Senhor Jesus iniciou a Ceia do Senhor dizendo: “Isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória e mim”. Da mesma maneira, ele também tomou o cálice, apos a refeição, dizendo: “Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim”. (I Co. 11:24-25).
Jesus estava dizendo que o pão e o vinho daquela refeição pascal representavam em especial seu corpo e sangue. O vinho não era literalmente seu sangue – este ainda corria em suas veias quando disse aquilo. E o pão não era seu corpo – ele ainda estava fisicamente presente durante a Ceia, à vista de todos.
O pão que havia representado o Êxodo passou a representar o corpo do Senhor. Cristo nasceu, foi crucificado e ressuscitou como oferta sacrificial dada pela humanidade.
O Cálice que Jesus tomou representa a promessa da Nova aliança que logo seria ratificada por seu sangue. A Antiga Aliança foi ratificada pelo sangue de animais, mas a Nova Aliança foi ratificada pelo sangue de Cristo. Assim como a assinatura ratifica um contrato ou compromisso hoje.
Enquanto a Antiga Aliança exigia sacrifício continuo de animais, a Nova Aliança, representada pelo cálice da comunhão, foi concretizada pelo sacrifício único do Cordeiro de Deus (Hb. 9:28). Era como se, na cruz, Jesus estivesse tomando seu sangue e assinando na linha pontilhada. O sangue da cruz substituiu o sangue da páscoa.
Em resposta a tudo o que ele fez por nós, Cristo pede que nos lembremos dele e do que ele realizou. A pessoa pode participar da Ceia, mas se sua mente estiver a milhares de quilômetros, não esta de fato lembrando-se do Senhor.
Proclamamos a morte de Cristo toda vez que lembramos dele na Ceia (I Co. 11:26). Esse é um memorial para o mundo de que Deus tornou-se homem e teve morte substitutiva, expiatória por toda a humanidade (I Jo. 2:2). Também aguardamos o dia de seu advento quando todos comungarão com ele em sua presença.
A preparação exigida antes da Ceia
A mesa do Senhor é uma ordenança abrangente. Lembramos do que Cristo fez, renovamos nosso compromisso e comungamos com ele, proclamamos o evangelho e aguardamos seu retorno. É por isso que devemos observa-la corretamente.
A Igreja de coríntios participava da Ceia de maneira indigna (I Co. 11:27). Também podemos ser culpados desse agravo de várias maneiras:
Ignorando-a ao invés de obedecer a ela à Se dissermos que a Ceia é irrelevante, estamos observando-a indignamente.
Não a observando de modo significativo à Podemos nos preocupar em seguir os rituais, sem compreender a razão de observa-la. A Cerimônia superficial e a irreverência podem nos impedir de comungar pessoalmente com Cristo.
Entendendo que possa trazer salvação à Participar da Ceia não implica participação na graça salvadora. A Ceia é um privilégio dos que já são salvos. Ela confronta os pecados e renova a comunhão com Cristo.
Recusando-nos a confessar o pecado e a nos arrepender dele à Nunca devemos participar da Ceia do Senhor se soubermos de algum pecado inconfesso em nossa vida.
Os que fazem tais coisas são “culpados do corpo e do sangue do Senhor” (I Co. 11:27). Isso seria tratar a vida e a morte singular de Cristo como algo comum e insignificante.
A comunhão é um encontro real com o Senhor Jesus Cristo. È tão real que o fato de não se reconhecer à realidade por trás do ato acarreta julgamento (I Co. 11:29).
Para evita o julgamento, cada participante deve examinar-se a Si mesmo e assim comer do pão e beber do cálice (I Co. 11:28). Examinar transmite a idéia de auto-exame rigoroso. Analise sua vida, suas motivações e atitudes com respeito ao Senhor, à Ceia e aos outros cristãos. Depois disso e de lidar com qualquer pecado ou motivo impróprio, você estará pronto para partilhar do pão e do cálice.
Aquele que participa da comunhão indignamente “come e bebe para sua própria condenação” (v.29). O Senhor disciplinou os coríntios por terem abusado da Ceia, fazendo com que alguns adoecessem e tomando a vida de outros (v.30).
De modo semelhante, Deus entregou Ananias e Safira a morte por terem mentido para o Espírito Santo (At. 5:1-11). Alguns cristãos de hoje talvez tenham adoecido ou até morrido por observar indignamente a comunhão.
Embora isso seja verdade, Deus não deseja que os crentes fiquem por demais temerosos ao celebrar a Ceia do Senhor. Paulo assegura que, embora possamos ser disciplinados pelo Senhor, não seremos condenados com o mundo (I Co. 11:32). Deus disciplina seus filhos não para puni-los, mais para corrigir seu comportamento pecaminoso e para leva-los para caminho de justiça (Hb. 12:6).
Paulo conclui seu discurso sobre a Ceia dizendo: “Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros. Mas se alguém tiver fome, coma em casa, para que vos não ajunteis para condenação” (I Co. 11:33,34).
Os coríntios deviam esperar uns pelos outros quando se reunissem para a refeição comunitária, em vez de se regalar egoisticamente antes de chegarem os outros.
Os que participavam apenas para satisfazer a fome física deviam comer em casa. Caso contrario, pervertiam o propósito da comunhão e ficariam sujeitos ao castigo divino.
O Senhor é muito serio com respeito ao modo de tratar a comunhão. Jamais devemos subestimar seu significado ou deixar de avaliar nosso coração antes de participar dela.