II
Reis 5: 26 - "ESTE NÃO ERA O MOMENTO DE ACEITAR PRATA, NEM ROUPAS, NEM DE
COBIÇAR OLIVAIS, VINHAS, OVELHAS, BOIS, SERVOS E SERVAS.".
Esta
foi a palavra que Eliseu falou para Geazi, seu assistente de ministério. Uma
palavra difícil para orientar seu possível sucessor mesmo sabendo que a
situação financeira e econômica do ministério de Eliseu não estava tão boa.
Aprendo
nesta lição a importância em "pesar a motivação da doação",
independentemente do valor desta.
Se olharmos pelo aspecto financeiro a
rejeição de Eliseu era quase uma "tolice', como poderia recusar uma oferta
milionária para um ministério carente?
Nos
versos anteriores podemos perceber Naamã insistindo para que Eliseu aceitasse,
mas ele jura em Nome do Senhor que não aceitaria.
Setenta
e dois quilos de ouro ultrapassariam hoje, quem sabe, o valor de sete milhões
de reais.
E
nós, aceitaríamos tal valor ou recusaríamos? Ou até agradeceríamos numa
exclamação: Nossa você não imagina o quanto eu estava orando para receber tão
grande quantia!
Entendo
a preocupação dos líderes em poder ter o sustento para si e para a obra, mas
como "dividir" no momento presente a administração das almas e do
patrimônio?
Eliseu
quando recebe seu chamado estava administrando um patrimônio interessante e
muito valioso por sinal: as doze juntas de bois. Ele não era um homem que não
havia experimentado um bom momento, ele sabia o que era ter recursos. Após o
reconhecimento do seu chamado ele se desfaz do patrimônio e oferece um "grande
churrasco" para a população local (I
Reis 19.21). Agora, diante do rico Naamã ele tem uma posição de recusa ao
dizer: "Eu não aceitarei estes presentes". Fez isso pois pesou a
motivação da doação.
Já
seu assistente fica transtornado ao ver Eliseu rejeitando todo aquele valor.
Ele quebra princípios, usa o nome ou crédito de Eliseu de forma imprópria e
coloca seu plano em prática. Porém chegou o momento de encarar a realidade onde
estaria novamente na frente de Eliseu. Neste momento Eliseu dá uma palavra de
repreensão ao seu assistente que já havia deixado a corrupção tomar conta do
seu coração. Interessante que aquilo que é apropriado sem a devida legalidade
deverá ser escondido, foi isto que o assistente fez com os setenta quilos de
prata e duas mudas de roupas.
O
mesmo se aplica nos dias de hoje quando é apresentado patrimônio além da
receita e este é colocado em nome de terceiros para que não seja pego por algum
órgão fiscalizador.
Fico
impressionado como alguns acham simples sustentar uma construção de projetos
suntuosos que nem ao menos serão funcionais, passarão setenta por cento do
tempo fechado sem utilidade. Poderiam ser abertos para atender a população
local com projetos educacionais e sociais afim de que o evangelho fosse
conhecido por estas portas, mas geralmente eles não existem.
Até
quando a vaidade do nosso coração nos fará ignorar os princípios bíblicos e
como nos desprender do material para investir nas pessoas?
Será que como Eliseu
teremos condição de ignorar o valor patrimonial e transformar este em
instrumento de investimento em pessoas?
SIM
OU NÃO?
Ao
longo do nosso ministério poderemos receber presença de "Naamãs" com
presentes caros e significativos. O grande desafio será ter a mesma atitude de
Eliseu em saber pesar a motivação da doação e estarmos prontos para rejeitar
tais presentes sem perder o foco de colocar em prática o chamado. Ou, podemos
ignorar esta sensibilidade e receber toda e qualquer oferta, pois quanto mais,
melhor.
Todo
momento ou tempo será tempo de receber? Pela instrução dada ao assistente, que
não entendeu ou discerniu a motivação da doação, aprendemos que tem tempo de
receber, e tempo de não receber.
Ao
receber algo no tempo que não deveria ocasionou uma tragédia para o tempo
presente do assistente e também para o futuro da sua família. A ambição pelas
riquezas pode nos trazer marcas irreparáveis, que inclusive nossa descendência
poderá também sofrer as consequências de um ato deliberado por um coração
corrompido.
Como
nos comportaríamos no lugar de Eliseu? Teremos condição de rejeitar uma
proposta ou oferta milionária e estamos dispostos a pesar a motivação da
doação?
FONTE
DE INFORMAÇÕES:
Site: www.institutojetro.com
Autor: Enoque Caló
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