A MELHOR ESCOLA TEOLÓGICA: A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL


O que é a Escola Dominical?


É uma agência da Igreja que tem por fim levar seus alunos à aceitação pessoal de Cristo como Salvador e Senhor, e ao seu desenvolvimento na vida cristã por meio de estudo sistemático da Palavra de Deus.

A História da Escola Bíblica Dominical

A Escola Bíblica Dominical é uma instituição moderna, que tem suas raízes desde da época do Antigo Testamento nas prescrições dadas por Deus aos patriarcas e ao povo de Israel. A Escola Bíblica Dominical não existia, mas havia o principio fundamental “o do ensino bíblico” determinado por Deus aos fiéis e aos estranhos ao seu redor.

Nos Dias de Moises – O Lar era de fato uma escola, onde os filhos aprendiam a temer e amar a Deus (“Dt. 6:7 - TU AS ENSINARÁS A TEUS FILHOS, E DELAS FALARÁS ASSENTADO EM TUA CASA, E ANDANDO PELO CAMINHO, E AO DEITAR-TE, E AO LEVANTAR-TE”).

Havia reuniões públicas, das quais participavam homens, mulheres e crianças, aprendendo a Lei Divina (“Dt. 31:12, 13 - AJUNTAI O POVO, OS HOMENS, AS MULHERES, OS MENINOS E O ESTRANGEIRO QUE ESTÁ DENTRO DA VOSSA CIDADE, PARA QUE OUÇAM, E APRENDAM, E TEMAM O SENHOR, VOSSO DEUS, E CUIDEM DE CUMPRIR TODAS AS PALAVRAS DESTA LEI; PARA QUE SEUS FILHOS QUE NÃO A SOUBEREM OUÇAM E APRENDAM A TEMER O SENHOR, VOSSO DEUS, TODOS OS DIAS QUE VIVERDES SOBRE A TERRA À QUAL IDES, PASSANDO O JORDÃO PARA A POSSUIR”).

Nos Dias de Esdras e Neemias – Lemos que quando o povo voltou do cativeiro, um grande avivamento espiritual teve lugar entre os israelitas. Esse despertamento teve origem numa intensa disseminação da Palavra de Deus e incluiu um vigoroso ministério de ensino bíblico. É dessa época que temos o relato do primeiro movimento de ensino bíblico metódico popular similar ao da nossa Escola Bíblica Dominical de hoje.


O Capitulo 8 do livro de Neemias dá um relato de como era a Escola bíblica popular de então – ou como chamamos hoje: Escola Bíblica Dominical. Esdras era o superintendente (Ne. 8:2); o livro-texto era a Bíblia (v.3); os alunos eram homens, mulheres e crianças (v.3; 12:43). Treze auxiliares ajudavam a Esdras na direção dos trabalhos (v.4) e outros treze serviam como professores ministrando o ensino (v.7,8). O horário ia da manhã ao meio-dia (v.3). Afirma o versículo 8 que os professores liam a Palavra de Deus e explicavam o sentido para que o povo entendesse. É certo que aí há um problema lingüístico envolvido (o povo falando o aramaico ao retornar do exílio), mas o que sobressai mesmo é o ensino da Palavra, patente em todo o capítulo. Por certo, o leitor gostaria de ter pertencido a uma escola assim, espiritualmente avivada.

O resultado desse movimento de ensino da Palavra foi a operação do Espírito Santo em profundidade no meio do povo, conforme atesta todo o capítulo 9 e os subseqüentes do livro de Neemias. É o cumprimento da promessa de Deus em Isaias 55:11.

Nos Dias de Jesus – Jesus foi o Grande Mestre. Grande parte do seu Ministério eles este ocupando “ensinando”. (Lc. 20:1 – Mt. 4:23; 9:35; 28:19, 20). Sua ordem é clara.


A quem e onde Jesus ensinava?
Nas sinagogas (Mc. 6:2)
Em casas particulares (Lc. 5:17; Mc. 2:1)
No templo (Mc. 12:35)
Nas aldeias (Mc. 6:6)
Às multidões (Mc. 6:34)
A pequenos grupos e individualmente (Lc. 24:27; Jo. 3 e 4)

O Ministério de Jesus era tríplice: Ele pregava, ensinava e curava, pois era um Ministério de poder e de milagres.

A Fase Atual – A Escola Bíblica Dominical Moderna – A Escola Bíblica Dominical, que temos hoje, começou em 1780, na Cidade de Gloucester, no sul da Inglaterra. O fundador foi o jornalista evangélico “Roberto Raikes”, de 44 anos, redator do “Gloucester Jornal”. Raikes foi inspirado a fundar a Escola Bíblica Dominical ao sentir compaixão pelas crianças de sua Cidade, que perambulavam pelas ruas, entregue à ociosidade, ao abandono e ao vício, sem qualquer orientação espiritual. Ele, que já trabalhava entre detentos das prisões da Cidade, pensou no futuro daquelas crianças e decidiu fazer algo em seu favor. Procurava as crianças em plena rua e as conduzia ao local de reunião, fazendo-lhes apelos para que todos os domingos estivessem ali reunidos.

O Grande promotor da Escola Bíblica Dominical foi o Batista “Londrino William Fox”, trabalhando harmoniosamente com Roberto Raikes. De acordo com as diretrizes de Raikes, nas reuniões dominicais, além do “Ensino das Escrituras”, era também ministrado às crianças princípio de “Linguagem”, “Aritmética” e “Instrução Moral” e “Cívica”. O ensino das Escrituras consistia em “Leitura e Recitação”. Em seguida teve inicio a prática de comentar os versículos lidos. Muito depois surgiu a “Revista da Escola Bíblica Dominical”, com lições em série e apropriadas.
Raikes enfrentou oposição. As Igrejas da época encaram o surgimento da Escola Bíblica Dominical com uma inovação e algo desnecessário. Os mais “zelosos”(?) acusavam Raikes de “profanador do domingo”. O jornal do qual era redator foi uma coluna forte na defesa e apoio da novel instituição, publicando extensa série de artigos sob o título “A Escola Dominical”, reproduzido nos jornais londrino.
Foi assim o começo a Escola Bíblica Dominical, o começo de um dos mais poderosos movimentos da História da Igreja.

Alguns Fatos Históricos a Escola Bíblica Dominical – Em janeiro de 1782, funcionou a primeira Escola Dominical em caráter permanente. O trabalho cresceu tanto, que deu inicio a um movimento de expansão, criando novas Escolas. Em 03 de novembro de 1783 – Até hoje considerado como o dia natalício da Escola Bíblica Dominical, deu inicio a expansão.

Durante muito tempo, só crianças freqüentavam a Escola Dominical. Os adultos ingressaram depois. Hoje, em inúmeros lugares ocorre o inverso: quase só adultos são beneficiados, ficando as crianças em último plano...
Em 1784, o movimento, a Escola Dominical já contava com 250 mil alunos matriculados.
Após o Século XIX, muitos outros paises adotaram a Escola Dominical.

A Escola Bíblica Dominical no Brasil – Teve inicio em 19 de agosto de 1855, na Cidade de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro. O fundador foi o missionário “Robert Read Kalley” e sua esposa, “Dra. Sarah Poulton Kalley”, s Igreja Congregacional, vindos da Escócia.
Na primeira reunião, na data acima, a freqüência foi de 05 crianças, mas este movimento veio para ficar... E Ficou! Avançou como fogo em campo aberto, impelida pelo zelo de milhares de seus obreiros, inflamados pelo Espírito Santos! Essa mesma Escola Dominical deu origem à Igreja Congregacional no Brasil.

Os Objetivos da Escola Bíblica Dominical
 
A Escola Bíblica Dominical é uma escola que evangeliza enquanto ensina a Palavra de Deus. Não se trata apenas de uma reunião domingueira comum, ou um culto a mais.
Esses objetivos são três, a saber:
 
Ganhar Almas para Jesus – O primeiro grande dever do Professor é Agir e Orar diante de Deus no sentido que todos os seus alunos aceitem a Jesus com Salvador e o sigam como seu Senhor e Mestre. O professor não pode salvar seus alunos, mas pode leva-los a Cristo, o Salvador, como fez André (Jo. 1:42). A Bíblia não diz “ENSINA A CRIANÇA no caminho em que vai andar”, ou “quer andar”, mas “NO CAMINHO EM QUE DEVE ANDAR – Pv. 22:6”.

Desenvolver a Espiritualidade dos Alunos e o Caráter Cristão – São os hábitos que formam o caráter e esse influi no destino da pessoa. Afirma a filosofiaO PENSAMENTO CONDUZ AO ATO, O ATO CONDUZ AO HÁBITO, O HABITO CONDUZ AO CARATER, O CARATER CONDUZ AO DESTINO DA PESSOA”. Isso humanamente falando. Uma E.B.D. dotada de professores treinados e cheia do Espírito Santo pode contribuir eficazmente para a implantação de uma Fé Cristã entre os homens. Não podemos esperar isso de uma escola pública. Um dos intuitos da E.B.D. é fazer de seus alunos, Adultos, Jovens, Adolescentes e Crianças, verdadeiros cristão, cujas vidas se assemelham em palavras e obras ao ideal apresentado em Jesus Cristo.

Treinar o Cristão para o Serviço do Mestre – Hoje inúmeros obreiros são frutos da E.B.D., O professor tem o privilégio de contribuir para a causa de Cristo e o dever de trazer a consciência do aluno a “Atividade Cristã” com Oração.


O lema da E.B.D. completa deve ser:
Cada aluno um crente salvo.
Cada salvo, bem treinado.
Cada Aluno treinado, um obreiro ativo, diligente e dinâmico.

Assim, o objetivo pode ser resumido em três fases: Aceitar Jesus; Crescer em Jesus e Servir a Jesus.

Pelo testemunho da História, por seus objetivos e pelos frutos alcançados, a Escola Bíblica Dominical e a melhor escola do mundo. Eis porquê dessa certeza:
 
Seu livro-texto é o melhor do mundo – A palavra de Deus, o mapa que nos guia ao céu.
Seu supremo dirigente é o Deus vivo, Todo-Poderoso e amoroso, que criou os mundos.
Seu alcance é o mais vasto do mundo: do bebê ao ancião mais idoso.
Seus alunos são o melhor povo do mundo: os que conhecem e amam a Deus e sua Palavra.
Seus resultados são os melhores do mundo, porque são infalíveis, materiais, espirituais e eternos.
Melhor escola Teológica – Pois nunca se acaba, o fim será no dia do arrebatamento da Igreja.

Observações Úteis e Práticas no Manuseio e Estudo da Bíblia
Quanto ao manuseio da Bíblia:
 
1) Apontamentos individuais - Habitue-se a tomar notas de suas meditações na Palavra de Deus. A nossa memória falha com o tempo.

2) Aprenda a ler e escrever referências bíblicas - Um sistema simples e rápido para escrever referências bíblicas é o adotado pela Sociedade Bíblica do Brasil: duas letras, sem ponto abreviativo, para cada livros da bíblia. (Ex.: I Jo 2.4 – 1 João , capitulo 2, versículo 4).

3) Diferença entre “Texto, Contexto e Referência ”.

a) Texto - São as palavras contidas numa passagem.

b) Contexto - É a parte que fica antes e depois do texto que estamos lendo. O contexto pode ser um versículo, um capitulo ou um livro inteiro, como é o caso do livro de Provérbios.

c) Referência - É a conexão direta entre determinado assunto. Além de indicar livro, capitulo e versículo, a referência pode levar outras indicações; depende da clareza que queira dar, com:

INDICAÇÃO DA PARTE INICIAL de um versículo: “Rm 11.17a.
INDICAÇÃO DA PARTE FINAL de um versículo: “Rm 11.17b.
INDICAÇÃO DE VERSÍCULOS que se seguem ou não até o fim do capitulo em estudo; “Rm 11.17ss.

Fontes de Consulta:

O professor precisa ter sua biblioteca particular. O grande apostolo Paulo tinha sua fontes de consulta (II Tm 4:13 - QUANDO VIERES, TRAZE A CAPA QUE DEIXEI EM TRÔADE, EM CASA DE CARPO, BEM COM OS LIVROS ESPECIALMENTE OS PERGAMINHOS.). Sempre houve muitos livros no mundo. Salomão no seu tempo já dizia: (Ec 12.12 - ...NÃO HÁ LIMITE PARA FAZER LIVROS). Não se trata de ter muitos livros, mas tê-los bons, abrangendo cultura secular e cultura bíblica em geral. Livros há que só servem para alimentar o fogo (At 19.19 - TAMBÉM MUITOS DOS QUE HAVIAM PRATICADO ARTES MÁGICAS, REUNINDO SEUS LIVROS, OS QUEIMARAM DIANTE DE TODOS...). 

AQUI ESTÃO ALGUMAS BOAS FONTES DE CONSULTA:

A Bíblia
Dicionário de Português
Dicionário bíblico.
Concordância bíblica, para localizar versículos.
Comentários bíblicos.
Manuais de Doutrina.
Atlas Bíblico.


Observações Sobre Fontes de Consulta:
 
Os livros comuns podem ser bons, mas não são substitutos da Bíblia. Leia e estude primeiramente a Bíblica e depois os outros livros.

Há pessoas que após lerem determinados livros, passam ser um mero eco ou reflexo dele. Devemos ser cautelosos nisso.

Há divergência entre autores de livros, dados as diferentes escolas e correntes teológicas; mas na Bíblia não há divergência! Portanto ela é sempre a autoridade suprema e principal; a pedra de toque.

Devemos estudar a Bíblia não pela luz deste ou daquele teólogo, mas pela luz do Espírito de Deus, sentindo sempre o toque, direção e prumo.
Não devemos levar mais tempo com os livros comuns, do que com a Bíblia.

A CEIA DO SENHOR

Observando as Ordenanças

O batismo nas águas e a Ceia ou comunhão, são ordenanças instituídas por Cristo para serem observadas pela Igreja. A Ceia surgiu na última páscoa de Cristo com seus discípulos antes da crucificação. Mas tarde, Paulo corrigiu a Igreja de Coríntios por perverter esta comemoração com sua conduta egoísta. O propósito da Ceia é proclamar simbolicamente a morte de Cristo. Ele exige que cada cristão se prepare com cuidado cada vez que celebra a Ceia do Senhor.

O Contexto Histórico

Na noite anterior à sua morte, nosso Senhor Jesus Cristo reuniu-se com os discípulos no cenáculo para tomar a refeição páscoa. Todos os anos, o povo judeu reunia-se para celebrar a páscoa, uma refeição especial ordenada por Deus para comemorar a libertação de Israel.


Sempre que um israelita participava da festa anual da páscoa, lembrava-se de que Deus livrou sua nação da escravidão no Egito. A páscoa celebrada hoje ainda relembra esse grande livramento histórico, mas, tragicamente, não vê o livramento maior que prenunciava: a Cruz de Cristo.

Jesus tomou aquela antiga festa e a transformou numa refeição como novo significado, quando instruiu os discípulos a beber o cálice e comer o pão em memória de sua morte em favor deles. O Calvário supera o Êxodo do Egito como o maior evento redentor da história. Os Cristãos não relembram o sangue nos umbrais e nas vergas da casas no Egito, mas o sangue derramado na Cruz.

A Ceia do Senhor é um memorial instituído pelo próprio Senhor. Ele se tornou a concretização plena do livramento do pecado e da morte quando derramou seu sangue e morreu na Cruz.

Marcos 14:22-25, Mt. 26:26-29 e Lc. 22:17-20 registra a narrativa da refeição da páscoa conhecida como a ultima Ceia do Senhor.

A Ceia do Senhor tornou-se celebração normal da Igreja Primitiva. Atos 2:42 afirma:E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”. A expressão “partir do pão” tornou-se sinônima de refeição fraterna, com os crentes incorporando a Ceia estabelecida por Jesus ao final de uma refeição em conjunto. Mas tarde, essa combinação de refeição fraternal e Ceia passou a ser conhecida como festa do amor (Jd. 12).

A Igreja Primitiva juntou a Ceia a uma refeição, não apenas porque o Senhor Jesus o tivesse feito, mas porque o povo judeu sempre associou a páscoa com uma refeição. Os gentios também incluíam uma refeição com alimentos levados por eles mesmos nas festas religiosas.

Ao que parece, a Igreja Primitiva celebrava a Ceia do Senhor diariamente (At. 2:46). Nos tempos bíblicos, era comum a comunhão girar em torno de uma mesa, enquanto as pessoas alimentavam-se. O anfitrião simplesmente se assentava, tomava um pedaço de pão, quebrava-o e iniciava a refeição.

Mas tarde na vida da igreja, a freqüência da refeição comunitária juntamente com a Ceia foi reduzida a uma celebração semanal (At. 20:7).

Uma vez que a Bíblia não destaca especialmente a freqüência com que se deve observar a Ceia do Senhor, seria aceitável observa-la após qualquer refeição, seja na igreja ou em casa. O importante é obedecer ao que o Senhor disse e vivenciar o maravilhoso privilégio de comemorar sua morte e antegozar sua volta.

O Contexto Literário

Em I Coríntios 11, o Apostolo Paulo escreve para corrigir abusos que haviam ocorrido na igreja de coríntios em relação à Ceia do Senhor. A situação é maravilhosamente instrutiva e aplicável para os dias de hoje.

A perversão que havia acontecido

O Cristianismo havia quebrado barreiras socioeconômicas, mas vinte anos após a ascensão de Jesus, os coríntios estavam começando a erigi-las novamente. Esperava-se que os mais prósperos trouxessem comida para a refeição comunitária e a dividissem com os pobres, mas os ricos chegavam cedo e comiam toda a comida em seus grupos exclusivistas, antes de chegarem os pobres. O segundo grupo então, voltava para casa com fome ( I Co. 11:33,34).

Tal abuso contra o amor e a unidade cristã fazia com que a participação na mesa do Senhor fosse assunto de zombarias. Paulo começa sua discussão desse problema dizendo: “Vos ajuntais não para melhor, senão para pior” (v.17).

É triste dizer, mas é provável que essa condenação aplique-se a verdade, ou então discutem sobre preferências pessoais ou questões teológicas triviais.

Se uma igreja chega a um ponto em que suas reuniões não produzem bons resultados, então está com problemas.

Os coríntios talvez pensassem que estavam observando a Ceia do Senhor partindo o pão, passando o cálice e pronunciando algumas palavras de Jesus, mas aqueles atos não correspondiam ao espírito com que conduziam a comunhão. Seus corações facciosos e egoístas só produziam uma cerimônia superficial.

Todos sabem que ninguém chega a uma refeição comunitária com um prato para sentar-se num canto e comer sua própria comida. Mas era isso que os coríntios estavam fazendo.

Os ricos estavam se alegrando e até se embebedando (v.21), enquanto os pobres continuavam famintos. Aquilo minava o próprio motivo da festa do amor, que ra satisfazer, de um modo harmonioso, as necessidades dos menos afortunados e lembrar o grande sacrifício que os tornara um. A insensibilidade egoísta em relação as necessidade dos outros havia substituído a unidade pretendida.

A Igreja é um lugar – talvez o único – em que ricos e pobres podem comungar juntos em amor e respeito mútuo (Jo. 13:34,35; Tg. 2:1-9; I Pe. 4:8-10 e I Jo. 3:16-18). A unidade por meio do ministério a grupos necessitados diversos tornou-se o padrão para a nova igreja à medida que compartilham todas as coisas (At. 4:32-37).

Separações raciais, sociais ou econômicas não tem lugar na igreja.

O Propósito da Cerimônia

A Ceia do Senhor é um memorial d’Aquele que viveu e morreu por nós, um momento de comunhão com Ele, uma proclamação do significado de sua morte, e um sinal de que esperamos sua volta. A natureza sagrada e abrangente da Ceia exige que tratemos com a dignidade que merece. Era exatamente isso que os coríntios não faziam. Eles haviam transformado a Ceia do Senhor em zombaria.

Para reconduzi-los ao caminho correto, Paulo faz uma bela apresentação do significado da Ceia do Senhor. Em meio à situação vergonhosa em Corinto (I Co. 11:23-26).

O que Paulo disse não era sua opinião pessoal, mas uma tradição transmitida; uma revelação especial havia recebido diretamente do Senhor Jesus Cristo.

À noite em que Jesus instituiu a Ceia do Senhor não foi uma noite comum. Ela possuía um significado especial porque era páscoa.

E aquela páscoa em especial era significativa porque a crucificação de Jesus seria no dia seguinte, enquanto a páscoa ainda estaria sendo observada. Como cordeiro de Deus, Jesus foi o grande sacrifício pascal (Jo. 1:29; I Co. 5:7).

O Senhor Jesus iniciou a Ceia do Senhor dizendo: “Isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória e mim”. Da mesma maneira, ele também tomou o cálice, apos a refeição, dizendo: “Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim”. (I Co. 11:24-25).

Jesus estava dizendo que o pão e o vinho daquela refeição pascal representavam em especial seu corpo e sangue. O vinho não era literalmente seu sangue – este ainda corria em suas veias quando disse aquilo. E o pão não era seu corpo – ele ainda estava fisicamente presente durante a Ceia, à vista de todos.

O pão que havia representado o Êxodo passou a representar o corpo do Senhor. Cristo nasceu, foi crucificado e ressuscitou como oferta sacrificial dada pela humanidade.

O Cálice que Jesus tomou representa a promessa da Nova aliança que logo seria ratificada por seu sangue. A Antiga Aliança foi ratificada pelo sangue de animais, mas a Nova Aliança foi ratificada pelo sangue de Cristo. Assim como a assinatura ratifica um contrato ou compromisso hoje.

Enquanto a Antiga Aliança exigia sacrifício continuo de animais, a Nova Aliança, representada pelo cálice da comunhão, foi concretizada pelo sacrifício único do Cordeiro de Deus (Hb. 9:28). Era como se, na cruz, Jesus estivesse tomando seu sangue e assinando na linha pontilhada. O sangue da cruz substituiu o sangue da páscoa.

Em resposta a tudo o que ele fez por nós, Cristo pede que nos lembremos dele e do que ele realizou. A pessoa pode participar da Ceia, mas se sua mente estiver a milhares de quilômetros, não esta de fato lembrando-se do Senhor.

Proclamamos a morte de Cristo toda vez que lembramos dele na Ceia (I Co. 11:26). Esse é um memorial para o mundo de que Deus tornou-se homem e teve morte substitutiva, expiatória por toda a humanidade (I Jo. 2:2). Também aguardamos o dia de seu advento quando todos comungarão com ele em sua presença.

A preparação exigida antes da Ceia

A mesa do Senhor é uma ordenança abrangente. Lembramos do que Cristo fez, renovamos nosso compromisso e comungamos com ele, proclamamos o evangelho e aguardamos seu retorno. É por isso que devemos observa-la corretamente.

A Igreja de coríntios participava da Ceia de maneira indigna (I Co. 11:27). Também podemos ser culpados desse agravo de várias maneiras:

Ignorando-a ao invés de obedecer a ela à Se dissermos que a Ceia é irrelevante, estamos observando-a indignamente.

Não a observando de modo significativo à Podemos nos preocupar em seguir os rituais, sem compreender a razão de observa-la. A Cerimônia superficial e a irreverência podem nos impedir de comungar pessoalmente com Cristo.

Entendendo que possa trazer salvação à Participar da Ceia não implica participação na graça salvadora. A Ceia é um privilégio dos que já são salvos. Ela confronta os pecados e renova a comunhão com Cristo.

Recusando-nos a confessar o pecado e a nos arrepender dele à Nunca devemos participar da Ceia do Senhor se soubermos de algum pecado inconfesso em nossa vida.

Os que fazem tais coisas são “culpados do corpo e do sangue do Senhor” (I Co. 11:27). Isso seria tratar a vida e a morte singular de Cristo como algo comum e insignificante.

A comunhão é um encontro real com o Senhor Jesus Cristo. È tão real que o fato de não se reconhecer à realidade por trás do ato acarreta julgamento (I Co. 11:29).

Para evita o julgamento, cada participante deve examinar-se a Si mesmo e assim comer do pão e beber do cálice (I Co. 11:28). Examinar transmite a idéia de auto-exame rigoroso. Analise sua vida, suas motivações e atitudes com respeito ao Senhor, à Ceia e aos outros cristãos. Depois disso e de lidar com qualquer pecado ou motivo impróprio, você estará pronto para partilhar do pão e do cálice.

Aquele que participa da comunhão indignamente “come e bebe para sua própria condenação” (v.29). O Senhor disciplinou os coríntios por terem abusado da Ceia, fazendo com que alguns adoecessem e tomando a vida de outros (v.30).

De modo semelhante, Deus entregou Ananias e Safira a morte por terem mentido para o Espírito Santo (At. 5:1-11). Alguns cristãos de hoje talvez tenham adoecido ou até morrido por observar indignamente a comunhão.

Embora isso seja verdade, Deus não deseja que os crentes fiquem por demais temerosos ao celebrar a Ceia do Senhor. Paulo assegura que, embora possamos ser disciplinados pelo Senhor, não seremos condenados com o mundo (I Co. 11:32). Deus disciplina seus filhos não para puni-los, mais para corrigir seu comportamento pecaminoso e para leva-los para caminho de justiça (Hb. 12:6).

Paulo conclui seu discurso sobre a Ceia dizendo: “Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros. Mas se alguém tiver fome, coma em casa, para que vos não ajunteis para condenação” (I Co. 11:33,34).

Os coríntios deviam esperar uns pelos outros quando se reunissem para a refeição comunitária, em vez de se regalar egoisticamente antes de chegarem os outros.

Os que participavam apenas para satisfazer a fome física deviam comer em casa. Caso contrario, pervertiam o propósito da comunhão e ficariam sujeitos ao castigo divino.

O Senhor é muito serio com respeito ao modo de tratar a comunhão. Jamais devemos subestimar seu significado ou deixar de avaliar nosso coração antes de participar dela.

BATISMO EM ÁGUAS

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Cremos no batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro, uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho (Jesus Cristo) e do Espírito Santo, Conforme determinou o Senhor Jesus Cristo. (Mt. 28:19; Rm. 6:1-6 e Cl. 2:12).

O Batismo em águas (o grego baptzõ, “mergulhar”, “submergir”) é uma das ordenanças que Cristo deixou á Igreja (Mt. 28:19). Através do batismo, o novo convertido, que já faz parte do Corpo de Cristo pelo novo nascimento, dá o seu testemunho público. Trata-se, portanto, de uma confissão pública de Fé em Cristo, por intermédio de “Atos e Palavras”, onde o batizando mostra ter aceitado plenamente as verdades da Bíblia Sagrada.

No ato do batismo em águas, o convertido mostra ter morrido para o mundo e renascido para Cristo, para viver agora em “novidade de vida” (Rm. 6:4).

As Águas do batismo não visam limpar os nossos pecados. O novo testamento mostra claramente ser o sangue de Jesus, e não as águas do batismo, o que nos purifica e perdoa. Mediante o sangue de Jesus somos justificados, nossa consciência é purificada e somos redimidos (Rm. 5:9; Hb. 9:14 e I Pd. 1:18-19).

Embora a Igreja católica e algumas denominações evangélicas pratiquem o batismo por aspersão ou efusão, a história e a etimologia do verbo grego “Baptzõ” mostram ser a imersão a forma bíblica.

Apostolo Pedro, ao falar sobre o batismo para “perdão dos pecados” (At. 2:38), usou a mesma expressão grega utilizada por João Batista, quando este afirmou: “E eu, em verdade vos batizo com água, para o arrependimento “ (Mt. 3:11).

O batismo de João Batista não produzia o arrependimento, mas apontava para ele. Assim também a expressão Pedro, “Para perdão dos pecados” significa “por causa do perdão dos pecados” ou “como testemunho de que os vossos pecados foram perdoados”.

Nesse caso, o batismo tornou-se não somente um testemunho, mas um compromisso de viver uma nova vida no poder do Cristo ressuscitado.

Por que Alguém que Confesse a Cristo Não Seria Batizado?  Algumas razões podem estar por trás da falta de batismo de alguns cristãos professos:

1) Ignorância - A pessoa não foi bem instruída quanto ao batismo ou não recebeu nenhum ensino a respeito.

2) Orgulho - Alguns decidem não ser batizados por questões de orgulho espiritual. Para eles, o batismo depois de um longo período sem o devido batismo neotestamentário seria confissão pública de desobediência ou ignorância.

3) Indiferença - Outras pessoas simplesmente não se importam. Compreendem o ensino do Novo testamento acerca do batismo e não são contrarias a ele. Talvez até creiam nele, mas nunca decidem aplica-lo porque, obviamente, não pensam que seja muito importante.

4) Desafio - Tais pessoas recusam-se expressamente a ser batizadas. Na maioria das vezes, estão vivendo em pecado e não se dispões a se colocar diante da congregação e reconhecer publicamente a submissão ao senhorio de Jesus Cristo e a alegria de conhece-lo.

5) Falta de regeneração - Esta última categoria descreve pessoas que não são de fato crentes, portanto não têm a compulsão interna do Espírito Santo que os leve à obediência. Esses desfrutam das bênçãos por estar próximos a igreja, mas não tem o desejo de fazer uma confissão pública.

Qual a História do Batismo?

Onde ele se originou? Como chegamos a ele? O batismo começou nos tempos do Antigo Testamento. O povo de Israel havia recebido as leis, as promessas, os profetas e as alianças de Deus. Eles cultuavam o Deus verdadeiro.

Algumas pessoas das chamadas nações gentias reconheciam isso e queriam se identificar com Israel, de modo a poder adorar o Deus Verdadeiro corretamente. Elas queriam tornar-se judias – não racialmente, pois isso seria impossível, mas religiosa ou espiritualmente. O sistema que lhes permitia fazer isso era chamado cerimônia de “proselitismo”. Esta continha três partes: circuncisão, sacrifício de animais e batismo.

O batismo implicava ser imerso na água. Ele representava o gentio morrendo para o mundo gentílico e, depois, surgindo numa nova vida como membro de uma nova família, num novo relacionamento com Deus. Foi na imersão de prosélitos gentios que o batismo surgiu pela primeira vez na história da redenção.

Agora voltemo-nos para o ministério de João Batista. Seu trabalho como precursor de Cristo era preparar o povo para a vinda do Senhor. Como ele tentou fazer isso? Ele sabia que Cristo seria santo e exigiria justiça, arrependimento do pecado e conversão a Deus. Portanto, batizou as pessoas como um símbolo visível dessa conversão.

Num dia especial, no meio de seu ministério, aconteceu algo maravilhoso: “Então, veio Jesus da Galileia ter com João junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, vens tu a mim? Jesus, porem, respondendo, disse-lhe: Deixe por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu” (Mt.3:13-15).

O que seguiu após o batismo de Jesus? Ele mesmo passou a batizar de acordo com João 4:1, o Senhor estava fazendo e batizando mais discípulos que João Batista. Isso significava que os pecadores que criam nele estavam confirmando a necessidade de morrer e serem sepultados para a vida velha e se levantarem em novidade de vida. Depois que Jesus morreu e ressuscitou, ele ordenou que se fosse por todo o mundo, fizesse discípulos e os batizasse.

Quando a igreja nasceu, três mil creram e foram batizados. Há uma continuidade absoluta no registro histórico do batismo como símbolo da morte do velho e da ressurreição do novo. Isso encontra seu cumprimento maior na morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo.

Qual a Relação entre a Imersão e a Salvação?

Alguns dizem que você precisa ser batizado para ser cristão e que se não for batizado não é salvo. Eles estão confundindo o batismo na água e a salvação. Tendo sido salvos, entramos na obediência. No Novo Testamento, vemos o batismo como o indicador imediato e inseparável da salvação. 

No dia de Pentecostes, três mil creram, foram batizados e perseveraram na doutrina dos apóstolos, na oração, na comunhão e partir do pão. Nenhuma perda. Esse é o padrão de Deus e os apóstolos insistiam nisso.

È comum ouvirmos dizer hoje: “Tivemos uma grande campanha evangelística: Três mil foram salvos, 42 foram batizados e dez integraram-se à igreja local”. Que diferença!

O custo do batismo era muito alto na época do Novo Testamento – ostracismo da cultura, perseguição e, as vezes, morte. Somente os sérios em seu compromisso com Cristo pagavam o preço. O batismo portanto, era o sinal inseparável da salvação, como devia ser hoje.

Em Atos 2:37 Pedro diz: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado... para perdão dos pecados”. Isso significa que a água é necessária para lavar o pecado? Não, mas o ato do batismo é o que demonstra aos outros que os pecados foram remidos ou perdoados.

Muitas vezes perguntam:É preciso ser batizado para entrar no céu?” O ladrão na cruz não foi (Lc. 23:39-43). Pode haver circunstâncias que impeçam o batismo, mas se alguém reluta em ser batizado, isso pode ser um sinal de que o coração não esta disposto a obedecer. E um coração desobediente é sinal de que a pessoa não foi regenerada, pois Jesus disse: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos” (Jo. 14:15) e “Por que chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?” (Lc. 6:46).

A Bíblia é Contra o Rebatismo.

O Batismo em águas deve ser ministrado uma só vez. É nesse sentido que Apostolo Paulo escreve aos Efésios: “[..] um só fé; um só batismo” (Ef. 4:5).

O Erro do Batismo de Crianças.

A Igreja Católica Romana instituiu o batismo de crianças como um ritual de regeneração.

Ela ensina oficialmente que a água purifica o bebê do pecado original, conferindo-lhe a salvação. Até a Idade Média, eles imergiam todos os recém-nascidos, mas depois passaram a aspergir água sobre eles.

A teologia católica romana declara que o bebê que morre sem ter sido crismado ou batizado vai para o “Limbo dos Inocentes”. Supõe-se que esse seja o lugar em que os bebês vivem para sempre, gozando de algum tipo de felicidade natural, mas sem nenhuma visão de Deus. Diz-se do bebê batizado, porém, que ele se livra dessa condição de segunda classe, indo para outro lugar em que há visão de Deus.

Por que começou a pratica do batismo de crianças? Desde cedo, a Igreja Católica o fez para garantir a inclusão de todos no sistema. Fazendo com que todos fossem “cristãos” desde o nascimento, asseguravam que pertenciam à Igreja e, portanto, estavam sob seu controle.

Em vez de descartar a prática arraigada de batizar crianças, as igrejas reformadas ou fundamentadas na Reformar infelizmente adotaram-na, mas com o tempo ela foi sendo modificada. Elas ensinam que quando os pais cristãos batizam a criança, ela automaticamente torna-se um pequeno membro do povo da aliança de Deus. A realidade é confirmada quando a criança tiver idade suficiente para recitar devidamente o catecismo da Igreja – um rito conhecido por confirmação.

Uma ameaça tanto á igreja romana como à reformada foi um grupo de pessoas que se levantaram dizendo: “Tudo isso está errado: O batismo é apenas para pessoas que conscientemente colocam a fé em Jesus Cristo. O batismo de crianças nada significa aos olhos de Deus”. Esses indivíduos pregaram fielmente o Evangelho e muitos foram convertidos como conseqüência do ministério deles.

Os convertidos que haviam sido batizados quando crianças provaram a realidade da conversão sendo rebatizados como crentes.

Com freqüência perguntam: “Devo ser rebatizado?” Se a pessoa não foi batizada de acordo com o Novo Testamento, ou seja, não foi imersa na água após um entrega total de sua vida a Jesus Cristo – precisa ser rebatizada. Qualquer outro batismo, consciente ou inconsciente, nada significa. 

O Batismo é só para crentes, e deve ser feito o mais rápido possível depois da conversão (Mt. 28:18,19).

A DOUTRINA DA IGREJA

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Nas Escrituras a doutrina da Igreja se reveste de tanta importância quanto as demais nela tratadas.

O Estudo e conseqüente compreensão desta doutrina levará o cristão a conclusão de que, em valor, a Igreja se sobrepõe aos grandes organismos e organizações existentes no mundo hoje.

A vocação e missão da Igreja têm alcance imensurável. Suas origens se ocultam na eternidade passada, enquanto que sua missão no presente do próprio inferno.

Há, pois grande recompensa no estudo e compreensão deste doutrina.

Definição do Termo “Igreja”:  Os dicionários mais comuns dão dois significados ao termo “Ekklesia”:

1) Ajustamento popular
2) Igreja

Os dicionários do Novo Testamento seguem a mesma divisão, subdividindo mais uma vez o significado do termo Novo Testamento:

1) Igreja, como comunidade universal.
2) Congregação, como comunidade local ou particular, bem como comunidade domestica.

Noutras palavras, “ekklesia”, traduzida por “Igreja” se deriva de “Ekkaleo”, verbo que significa “chamar à parte”, por isto denota uma assembléia citada ou chama à parte, um corpo escolhido e separado duma grande massa de gente.

O Fundamento da Igreja

A origem divina da Igreja é patenteada pela sua origem histórica, bem como pela sua expansão e confirmação. Não é possível se pensar na Igreja separadamente de Cristo, em se pensar em Cristo separadamente da Igreja.

Apesar disto a teologia vaticano-romanista atribui ao apostolo Pedro, mérito de pedra fundamental sobre o qual a Igreja de Cristo está edifica. Buscando achar fundamentos escriturísticos para tão absurdo ensino, os teólogos católicos-romanos, apelam para as seguintes palavras do Salvador:

E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho e Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado é tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mais meu Pai que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado no céu” (Mt. 16:16-19).

Dessa passagem, a Igreja Romana deriva o seguinte raciocínio, concluído com a seguinte interpretação:

1) Pedro é a rocha sobre a qual a Igreja está edificada.

2) A Pedro foi dado o poder das chaves, portanto, só ele e seus sucessores (os papas) poderão abrir a porta do reino dos céus.

3) Pedro tornou-se o primeiro bispo de Roma.

4) Toda autoridade eclesiástica foi conferida a Pedro, até nossos dias, através da linhagem de bispos e de papas, todos vigários de Cristo.

Pedro foi uma pedra, mas não a pedra firme e inabalável sobre a qual foi fundada “a universal assembléia e Igreja dos primogênitos que estão escritos nos céus” (Hb. 12:23), e sim uma pedra como são os demais salvos e remidos pelo sangue de Jesus (I Pe. 2:4).

Os membros da Igreja:

Uma igreja é uma congregação de crentes em Jesus Cristo, batizados depois duma confissão de fé, e voluntariamente ligados sob a aliança especial para a manutenção do culto, verdades, ordenanças, e disciplina do evangelho.

O Ministério da Igreja na Sociedade:
Ser aqui um lugar de habitação de Deus - “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado para morada de Deus em Espírito” (Ef. 2:20-22), “Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós” (I Co. 3:16).

Testemunhar da Verdade - “Para que se eu tardar, fiques cientes de como se deve proceder na casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (I Tm. 3:15).

Dar Eterna Glória a Deus - “Ora, aquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos, conforme o seu poder que nós opera, a ele seja a glória, na Igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações todo sempre. Amém” (Ef. 3:20-21).

Edificar a seus membros - “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vista ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos a unidade da fé e ao pleno conhecimento do filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef. 4:11-13).

Evangelizar o mundo - “Jesus, aproximando-se lhes falou dizendo: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt. 28:18-20).

Sustentar uma norma digna de conduta - “Vós sois o sal da terra; e se o sal insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edifica sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt. 5:13-16).

Cultivar a comunhão entre seus membros - “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vos uns outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. “Mas, se andares na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (Jo. 13:34-34; I Jo. 1:7).

Adoração na Igreja:
A Igreja é conhecida basicamente como uma comunidade adoradora. Como “povo de Deus”, a Igreja leva consigo associações da sua redenção e do seu destino. Ela foi chamada por Deus para ser propriedade e herança exclusivamente dele.

O Apostolo Paulo diz que “assim como [Deus] nos escolheu nele [no Senhor Jesus Cristo] antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade... predestinados... a fim de sermos para louvor da sua gloria... em quem também vós ... tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa” (Ef. 1:4,5,11-13).

Oração e Louvor:

Dois tipos de oração são conhecidas no ensino e no exemplo da Igreja no Novo Testamento. Há a oração particular no lugar secreto da comunhão pessoal entre o crente e o Senhor, bem como a oração congregacional, feita conjuntamente por todos os crentes reunidos no lugar de culto.

Deste modo a Bíblia fala de pessoas que oraram de forma individual, como de pessoas que oraram coletiva ou congregacionalmente.

Através da oração, o louvor a Deus encontra a sua mais elevada expressão.

Se oração é petição, rogo e intercessão, o louvor se constitui na mais refinada forma de adoração a Deus – veiculo através do qual o crente expressa o seu reconhecimento pelos grandes benefícios recebidos de Deus.

Ministração da Palavra de Deus:
O principal elemento da adoração praticada na sinagoga judaica era a leitura e a exposição da Lei. A Lei era lida primeiramente no hebraico original, e depois em paráfrase aramaicas, chamadas Targuns, seguindo-se , por sua vez, pregação.

Este era o centro de gravidade no culto na sinagoga, havendo bênçãos e orações dispostas em derredor.

A leitura e exposição da Palavra de Deus alcançou o seu apogeu no ministério terreno de Jesus, bem como no ministério de seus apóstolos, especialmente do apostolo Paulo que, escreveu a Timóteo, disse: “Devota tua atenção à leitura e exposição pública das Escrituras” (I Tm. 4:23).

A Igreja em cujo culto nota-se a ausência da atitude de amor e de respeito pela Palavra de Deus, toda e qualquer outra coisa, porventura, aí existente, por grande que seja a dedicação com que é feita, é abominável ao Espírito Santo e ultrajante a honra do Senhor Jesus Cristo.

Culto sem compromisso com a fiel exposição das Escrituras, não é culto na verdadeira acepção da palavra pelo contrario, é confusão. Portanto, que os ministros de Cristo, pastores e mestres, deixem que o povo de Deus seja abençoado com a interpretação e exposição fiel das Escrituras.