DESISTIR NUNCA!

II Co. 12:10 - "...PORQUE, QUANDO SOU FRACO, ENTÃO, É QUE SOU FORTE".

O que seria de nós se um dia Deus pensasse: "Esse aí não tem jeito" ou "Eu já desisti dele?" Por causa de nossa ansiedade em querer ver tudo resolvido rapidamente, somos tentados em desistir sempre depois de uma tentativa frustrada.

O famoso ator Sylvester Stalone recebeu mil nãos dos diversos estúdios que procurou. Em sua milésima primeira tentativa a porta se abriu e foi contratado para fazer "Rocky". Quantos "nãos" você suportaria?

O Apostolo Paulo com certeza suportou muitos reveses da vida. Ele sentia-se fraco por causa de seu espinho na carne. Esse era o "não" que Paulo enfrentava. Qual tem sido o seu "não?"

Qual tem sido o seu espinho na carne? Você se sente fraco por não conseguir emprego? Por não ter saúde? Por se sentir só? Por alguém de sua familia que você Ora a anos e não aparece resultado algum?

Nesta hora é essencial recordar e transmitr aquilo que Deus já fez. Pois Deus concentra todas as forças que você obteve em outras vitórias para conquistar este sonho tão esperado agora.

Assim, entendemos que "desistir nunca" é o melhor caminho. Deus está falando: "Eu te ajudo, você é forte, mesmo quando você se sente fraco".

Muitos cristãos, incluindo os líderes, estão vivendo ansiosos, desanimados e desistindo com facilidade de suas metas porque ainda não aprenderam a entregar a Deus.

No meio do problema, quando as várias tentativas não deram certo, aí a pessoa diz: "Agora eu entrego para Deus, agora só me resta orar". Aí e que está o erro causador da maior parte do problemas.

Temos que entregar o problema a Deus imediatamente quando este aparecer, antes mesmo que surja o cansaço, a fraqueza e o desânimo.

Quando você se sentir fraco, Deus te faz forte. Anima-te pelas bênçãos alcançadas. E aprenda a dizer a si mesmo: "Eu nunca desisto, porque Deus me faz forte e me ajuda".

A SÍNDROME DE ELIAS

De todos os grandes homens da Bíblia Sagrada, principalmente no Antigo Testamento, à exceção de Moisés, talvez nenhum outro tenha assombrado tanto seus contemporâneos como Elias.

Tiago diz que Elias foi um homem como nós. Como assim como nós? Deus nunca respondeu minhas orações com fogo e nunca abriu um rio para eu passar.

Porém, o que Tiago dizia não era sobre os feitos espetaculares da vida de Elias e como podemos ter os mesmos "poderes" que ele. Isto porque Tiago sabia muito bem que o poder é de Deus e não de Elias ou de qualquer outro homem. Tiago falava, sim, do ser humano Elias.



O ser humano


Analisando a vida do ser humano Elias desde o princípio, aprendemos principalmente que ele não tem muitas referências pessoais, senão vejamos: "Então, Elias, o tesbita, dos moradores de Gileade...".
Geralmente, os grandes homens e mulheres da Bíblia têm seus nomes acompanhados por uma linhagem. Este não era o caso de Elias. Ele apareceu de repente no relato, sem nada que o recomendasse diante de Acabe, a não ser: "... Tão certo como vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou...".


Existe uma outra característica na vida de Elias que não seria muito bem recebida hoje. Parecia haver nele uma falta de senso crítico, veja : "Retira-te daqui, vai para o lado oriental e esconde-te junto à torrente de Querite, fronteira ao Jordão". Logo agora que ele havia colocado o rei ímpio no seu devido lugar, Deus o manda para o deserto. Mas Elias nem sequer discute, ruma para Querite e fica lá. Deus tinha falado e ponto.

Todos nós, cristãos sérios, sabemos muito bem que a Bíblia é a Palavra de Deus, a verdade revelada para o ser humano. Porém, assusta-me muito ver o quanto se tem desobedecido e discutido o que a Palavra tem como indiscutível.

Mesmo quando Deus manda Elias para Sarepta que se localizava em Sidom, Terra de Baal e de Jezabel - sua pior inimiga -, Elias não discute. Ele reconhece claramente o Espírito Santo de Deus falando e obedece. Isto porque Elias estava cheio do Espírito Santo de Deus.

Crentes cheios do Espírito são capazes de compreender claramente as Sagradas Escrituras e reconhecer quando ela está sendo manipulada por falsos mestres. Portanto, "... enchei-vos do Espírito...", continua sendo a melhor recomendação, para que, ao ouvirmos a voz do Santo Espírito, a reconheçamos sem hesitar.

A síndrome

Tendo chegado até aqui, cabe-nos analisar agora a tal "síndrome" (conjunto de sintomas que apresentam em uma doença e que a caracterizam.) que ocorre a partir de um dos pontos mais altos da vida de Elias, a saber, o confronto no Carmelo com os profetas de Baal, o desafio de fogo e o retorno da chuva após três longos anos. Após ter se mostrado obediente e paciente, Elias, mais uma vez movimentado pelo Espírito Santo de Deus, marca o encontro fatal (para os profetas de Baal) e anuncia o final da seca. Coloque-se em sua pele, pois é aqui em que mais nos identificamos com ele.

Grandes feitos. - Quem não anseia por eles? O mais humilde crente na Terra almeja fazer grandes coisas por seu Senhor, não é assim? Desafiar os poderes da maldade, grandes campanhas evangelísticas... Elias descobre isto no cume do Carmelo, ele faz uma pergunta simples e..

"Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu." Pois é, silêncio. Talvez Elias achasse que pelos menos uma voz dissesse: Amém! Nada... só o vento.

Aqui começa o tropeço de Elias que vai levá-lo a seguinte oração, que aliás, foi única que ele fez que Deus não respondeu: "...Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais."

Elias se sente sozinho, humanamente falando "" este é um dos piores sentimentos que um servo de Deus pode sentir - a terrível sensação de que está malhando ferro frio, dando "murro em ponta de faca".

De fato, Elias estava só. Após ter feito tudo como Deus sempre mandara, após ter desafiado a maldade, após ter se colocado na presença de Deus incondicionalmente, Elias estava só, não havia um amigo sequer.

Quando isto acontece, quando falta um ombro amigo, tornamo-nos uma pessoa receosa de tudo, e isto acarreta doenças na alma. Como Elias, dizemos: "leva-me, Senhor", "não entendem os seus caminhos", "não querem nada contigo", etc.

Passamos a achar que somos os únicos que se importam de verdade com a "causa". Isto é um peso que ninguém pode carregar sozinho, não é de se admirar que Elias queria a morte.

"Tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só..."

Anos a fio trabalhando na "causa", esquecendo-se de relacionamentos sinceros, levam-nos a queixas como a dele. Não é de se admirar que os crentes mais ativos e criativos sejam, muitas vezes, os mais carrancudos e intolerantes.

No fundo estão sozinhos, não porque não existam outros lutando na "causa" e sim porque estão isolados. Não são capazes de enxergar os "...sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou", os quais Deus conservou para levar avante os seus desígnios.

Tal qual aconteceu com Elias, algumas vezes acontece o mesmo comigo e mesmo com você. No ponto mais alto, no calor da obra, somos atacados pela síndrome de Elias, e achamos que não adiantou nada, por mais que lutemos nada mudou.

Elias achou isto quando Jezabel ameaçou caçá-lo até a morte. No ponto mais alto é que estamos mais vulneráveis. Basta um leve empurrão, quanto mais o solavanco que deu Jezabel.

Como se evita esta síndrome?

Veja a receita para o doente Elias do Deus Todo-Poderoso: "Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar", muito mais do que um substituto, Eliseu foi para Elias o amigo que nunca teve, o amparo, o ombro amigo que sempre necessitou.

Esta receita continua valendo para mim e para você, valeu para Paulo também - "Procura vir ter comigo depressa.", disse ele para Timóteo. Tão importante como o relacionamento vertical (com Deus) é o relacionamento horizontal (com o próximo). Esquecer disto é abrir a porta para o fracasso pessoal, muito embora, à vista de todos, você seja o grande homem ou mulher de Deus.

Fiquemos alerta, sempre haverá os tais sete mil, ou muito mais.

LÍDER, ACREDITE EM VOCÊ!


É um princípio básico o fato de que todo líder que deseja ser bem sucedido como tal, precisa acreditar em si mesmo. 

Mas fato é que muitos não acreditam em si mesmos ou acreditam desequilibradamente. Penso que existem duas formas de se acreditar e si mesmo, uma certa e outra errada. 

Acreditar em si mesmo de forma errada envolve aquela postura em que o líder se vê de forma super estimada, em que ele acaba se enxergando de maneira irreal, tornando-se insensível, arrogante, achando-se maior do que realmente é, sonhador demais e até soberbo. 

Esse tipo de postura produz muitos prejuízos ao próprio líder, levando-o muitas vezes a ações atrapalhadas e constrangedoras, gerando assim uma série de desgastes que poderiam ser evitados até com certa facilidade se houvesse uma visão pessoal mais real, equilibrada e coerente.

A Bíblia nos alerta contra esta forma errada de acreditar em si mesmo: "Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu (Rm 12:3)".

Precisamos estar constantemente nos auto-avaliando para que não venhamos a acreditar em nós mesmos de forma desequilibrada, seja para baixo ou para cima. Por outro lado, acreditar em si mesmo de forma positiva e correta é aquela postura equilibrada, coerente, para cima, com fé encorajada e encorajadora, em que o líder é capaz de reconhecer seus limites, perceber suas dificuldades, saber que ele não é onipotente, mas que isso é normal, e não há razão para desespero ou descontrole.

Ao acreditar em si mesmo de forma positiva e equilibrada, o líder estará dando um passo decisivo no caminho da vitória na desafiadora tarefa de liderar, pois somente pessoas bem resolvidas são capazes de reconhecer suas limitações e continuar firmes em sua missão.

Há um dado que, para nós, líderes cristãos, torna-se fundamental em toda essa questão do acreditar em si mesmo: o fato de que Deus quando nos convoca ele sempre nos chama para tarefas maiores do que nós. Eu não me lembro de ver na Bíblia Deus chamando pessoas para missões que em que eles seriam capazes de realizá-las por si mesmos. Aí reside um ponto vital da liderança cristã, ou seja, podemos acreditar em nós mesmos porque o poder, a sabedoria, os recursos, em resumo, toda capacitação necessária vem do alto, não vem de nós mesmos. Como líderes cristãos somos chamados a acreditar em nós mesmos porque somos chamados por Deus para a missão a cumprir.

Na Bíblia, toda vez que um líder chamado por Deus manifestava insegurança ou temor por não acreditar em si mesmo, Deus não dizia que o poder estava dentro dele, e que era só encontrá-lo e desenvolvê-lo. Não, nunca. O que Deus fazia era tratar dos seus servos, curá-los, revelar-lhes o seu maravilhoso poder, provendo recursos e transformando a fraqueza e limitações dos seus servos em uma oportunidade de manifestar poder e graça sobre eles.

Olhemos para a Bíblia, ela está cheia de exemplos dessa verdade. Lembremo-nos de um Jeremias, um Moisés, um Gideão, um Elias, um Paulo, um Pedro... e assim tem sido por toda história do cristianismo. Como disse Hudson Taylor: "Os gigantes de Deus foram homens pequenos que fizeram grandes coisas para Deus por que se basearam no fato de Deus estar com eles."

Ao longo da vida nós vamos recebendo muitas mensagens que se forem aceitas e introjetadas nos levarão cada vez mais a acreditar menos em nós mesmos e até a desistir.

Conheço um líder que, no início da sua adolescência, na escola, havia tirado uma excelente nota em interpretação de texto, mas na semana seguinte tirou uma péssima nota em conjugação de verbos e pode ouvir de forma lacônica da sua professora de português: "Você não é o aluno que eu pensei que você fosse."

Bem, este aluno tinha duas possibilidades: guardar essa afirmação no coração e nunca mais acreditar em si mesmo ou reagir. Ele escolheu a segunda opção e você está lendo mais um artigo dele agora.

Resumindo, é preciso acreditar em si mesmo para fazermos algo relevante em qualquer instância da vida, muito mais na liderança. Todos têm limites e ainda precisamos crescer em muitas áreas, mas podemos e devemos acreditar em nós mesmos, não porque sejamos capazes por nós mesmos de grandes realizações, mas porque temos um Deus que nos capacita a fazer diferença, e nos encoraja a acreditar em nós mesmos porque ele mesmo disse que estaria conosco, acreditando e investindo em nós.

Encerro com duas afirmações categóricas da palavra de Deus:

"Não que possamos reivindicar qualquer coisa com base em nossos próprios méritos, mas a nossa capacidade vem de Deus (2 Co.3.5)."

"[...] com o meu Deus posso transpor muralhas (Sl 18.29b)".

Creia nessas verdades, acredite em você, porque Deus acredita.
LEMBRA-TE DO TEU CRIADOR

Ec. 12:1 --> "LEMBRA-TE DO TEU CRIADOR NOS DIAS DA SUA JUVENTUDE, ANTES QUE VENHAM OS DIAS DIFICEIS E SE APROXIMEM OS ANOS EM QUE VOCÊ DIRA: "NÃO TENHO SATISFAÇÃO NELES".
Em hebraico, temos aqui a expressão "alvorecer da vida". A vida tem seu alvorecer (juventude), bem como a sua noite (velhice). Ambas são fases igualmente melancólicas e vãs, mas a juventude parece ser a melhor delas.
Eclesiastes (O pregador) recomenda o franco reconhecimento de nosso estado de criaturas, mesmo na juventude, o período em que isso parece menos evidente e, quando a vida parece inextingüível. Somente nessa perspectiva é que a juventude poderá ser entendida e corretamente desfrutada.

LEMBRAR DE QUEM?
Lembrar do Criador
--> O grande doador da vida é também o grande esquecido na juventude. Todas as realizações nesse período são imaginadas como fruto da força e virilidade que possui.
O jovem não consegue enxergar "atrás da cortina" da vida, e perceber que alguém maior está no comando de toda a história humana. É ele quem concede todos os benefícios aos homens, desde o menor até o maior; muito embora permaneça no anonimato para a maioria deles.

LEMBRAR QUANDO?
Na juventude --> A lembrança do Criador deve ocorrer então no período da juventude, quando se pode oferecer o melhor da vida a Ele. A visão da idade e da morte não deve produzir, no jovem, um medo do fim, mas sim um senso que vai distinguí-lo do céticos e cínicos.
Ele irá valorizar muito mais sua vida que é breve (vaidade). Viverá de forma mais sábia, remindo o tempo e não se esquecendo que o Criador é quem concede vida. Na juventude estão concentrados cerca de 75% das decisões que irão dar destino às nossas vidas. É um dos períodos mais importantes da vida; e Deus, não quer ficar esquecido nesse tempo.

O QUE É LEMBRAR?
a) É não pensar em si somente --> Quando se é jovem, não se pensa na finitude da existência. O jovem não pensa no fim então gasta anos preciosos com coisas fúteis, pensando somente em si mesmo, nunca em Deus (existem exceções). Ele se considera o fim de todas as coisas. Tudo tem girar em torno de si. O proprio sistema do mundo valoriza imensamente a juventude em detrimento da velhice.
b) É oferecer o melhor para Deus --> Os grandes problemas da juventude, os quais, assumem proporções tão alarmantes nos dias atuais, é conseqüência de uma indefinição de horizonte. O jovem não vê limite em seu horizonte. Assim sendo, vive a vida de forma dissoluta. Antes de chegar ao estado lastimável da idade avançada, o auto sagrado recomenda aos jovens que se lembre de Seu Criador. Lembrar no sentido de oferecer a Ele o melhor. Não se tornar piedoso apenas na velhice, entregando a Deus o que tiver restado de sua vida. Afinal o Criador sempre oferece o melhor para nós, e não aceitamos menos que isso.

PORQUE LEMBRAR?
1. Porque o maus dias irão chegar, onde a vida se esvai inevitavelmente --> Nesse tempo você não terá mais forças para realizar o que deveria ser realizado na juventude da vida. Os versículos seguintes do capítulo 12 de eclesiastes contêm uma descrição figurada da decadência humana:

a) O sol, a lua e as estrelas falam do esplendor da vida (v.2).
b) Os guardas seriam as pernas, os moedores seriam os dentes, os que olham pelas janelas seriam os olhos e as duas portas seriam os ouvidos (v. 3,4).
c) Por fim, a cadeia de prata rompida, o corpo de ouro despedaçado e o cântaro quebrado referem-se ao final da vida.
d) Então o corpo volte ao pó e o espírito volte a Deus, isso.


2. Porque será tarde demais para recuperar o tempo perdido --> Você na velhice poderá olhar para trás e se entristecer de não ter lembrado de Deus nos áureos dias da juventude. Porém não poderá fazer nada para reavê-los. O tempo que passou não volta mais.
Pr. Natanael S. Pinto