Romanos 8:13, 14 - “POIS SE
VOCÊS VIVEREM DE ACORDO COM A CARNE, MORRERÃO; MAS, SE PELO ESPÍRITO FIZEREM
MORRER OS ATOS DO CORPO, VIVERÃO, PORQUE TODOS OS QUE SÃO GUIADOS PELO ESPÍRITO
DE DEUS SÃO FILHOS DE DEUS”.
ORIGEM E
HISTÓRIA DO CARNAVAL
O carnaval é
a festa popular mais celebrada no Brasil e que, ao longo do tempo, tornou-se
elemento da cultura nacional. Porém, o carnaval não é uma invenção brasileira
nem tampouco realizado apenas neste país. A História do Carnaval remonta à Antiguidade,
tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.
A palavra carnaval é
originária do latim, carnis levale,
cujo significado é retirar a carne. O significado está relacionado com o
jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também com o controle dos
prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de enquadrar
uma festa pagã.
Na
antiga Babilônia, duas festas possivelmente originaram o que conhecemos
como carnaval. As Saceias eram uma festa em que um prisioneiro assumia
durante alguns dias a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da
mesma forma e dormindo com suas esposas. Ao final, o prisioneiro era chicoteado
e depois enforcado ou empalado.
O
outro rito era realizado pelo rei nos dias que antecediam o equinócio da
primavera, período de comemoração do ano novo na região. O ritual ocorria no
templo de Marduk, um dos primeiros deuses mesopotâmicos, onde o rei perdia seus
emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Essa humilhação
servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele
novamente assumia o trono.
O
que havia de comum nas duas festas e que está ligado ao carnaval era o caráter
de subversão de papéis sociais: a transformação temporária do prisioneiro
em rei e a humilhação do rei frente ao deus. Possivelmente a subversão de
papeis sociais no carnaval, como os homens vestirem-se de mulheres e
vice-versa, pode encontrar suas origens nessa tradição mesopotâmica.
As
associações entre o carnaval e as orgias podem ainda se relacionar às festas de
origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos).
Seriam festas dedicadas ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os
gregos), marcadas pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne.
Havia
ainda em Roma as Saturnálias e as Lupercálias. As primeiras ocorriam
no solstício de inverno, em dezembro, e as segundas, em fevereiro, que seria o
mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam
dias com comidas, bebidas e danças. Os papeis sociais também eram invertidos
temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e
estes colocando-se no papel de escravos.
Mas
tais festas eram pagãs. Com o fortalecimento de seu poder, a
Igreja não via com bons olhos as festas. Nessa concepção do cristianismo, havia
a crítica da inversão das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os
papéis de cada um na sociedade, invertia-se também a relação entre Deus e o
demônio.
A
Igreja Católica buscou então enquadrar tais comemorações. A partir do século
VIII, com a criação da quaresma, tais festas passaram a ser realizadas nos dias
anteriores ao período religioso. A Igreja pretendia, dessa forma, manter uma
data para as pessoas cometerem seus excessos, antes do período da severidade
religiosa.
Durante
os carnavais medievais por volta do século XI, no período fértil para a
agricultura, homens jovens que se fantasiavam de mulheres saíam nas ruas e
campos durante algumas noites. Diziam-se habitantes da fronteira do mundo dos
vivos e dos mortos e invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá
habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens
das casas.
Durante
o Renascimento, nas cidades italianas, surgia a commedia dell'arte,
teatros improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença,
canções foram criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com
carros decorados, os trionfi. Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta,
uma capa com capuz negro que encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três
pontas e uma máscara branca.
A
história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das
primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem
portuguesa que na colônia era praticada pelos escravos. Depois surgiram os
cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos e as escolas de samba. Afoxés,
frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural
carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais também
foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil.
A ORIGEM NO
BRASIL
O
primeiro baile de carnaval realizado no Brasil ocorreu em 22 de janeiro de
1841, na cidade do Rio de Janeiro, no Hotel Itália, localizado no antigo Largo
do Rócio, hoje Praça Tiradentes, por iniciativa de seus proprietários,
italianos empolgados com o sucesso dos grandes bailes mascarados da Europa.
Essa iniciativa agradou tanto que muitos bailes o seguiram. Entretanto, em
1834, o gosto pelas máscaras já era acentuado no país por causa da influência
francesa.
Ao
contrário do que se imagina, a origem do carnaval brasileiro é totalmente
européia, sendo uma herança do entrudo português e das mascaradas italianas.
Somente muitos anos depois, no início do século XX, foram acrescentados os
elementos africanos, que contribuíram de forma definitiva para o seu
desenvolvimento e originalidade.
Nessa
época, o carnaval era muito diferente do que temos hoje. Era conhecido como
entrudo, festa violenta, na qual as pessoas guerreavam nas ruas, atirando água
uma nas outras, através de bisnagas, farinha, pós de todos os tipos, cal,
limões, laranjas podres e até mesmo urina. Quando toda esta selvageria
tornou-se mais social, começou então a se usar água perfumada, vinagre, vinho
ou groselha; mas sempre com a intenção de molhar ou sujar os adversários, ou
qualquer passante desavisado. Esta brincadeira perdurou por longos anos, apesar
de todos os protestos. Chegou até mesmo a alcançar o período da República. Sua
morte definitiva só foi decretada com o surgimento de formas menos hostis e
mais civilizadas de brincar, tais como o confete, a serpentina e o
lança-perfume. Foi então que o povo trocou as ruas pelos bailes.
SÍMBOLOS E
RITMOS DO CARNAVAL
Como
em qualquer manifestação popular, o carnaval também se utilizou de formas
simbólicas para aguçar a criatividade do povo e, consequentemente, perpetuar
sua história. As fantasias apareceram logo após as máscaras, por volta de 1835,
dando um colorido todo especial à festa. Com o passar dos anos, as pessoas iam
perdendo a inibição e as fantasias, que a princípio eram usadas como disfarce
(por serem quentes demais), foram dando lugar a trajes cada vez mais leves,
chegando ao nível que vemos hoje, de quase completa nudez. Independente das
mudanças, os grandes bailes, portanto, permaneceram realizando concursos de
fantasias, incentivando a competição entre grandes figurinistas e modelos.
Como
já foi citado, o primeiro baile de carnaval no Brasil foi realizado em 1841, na
cidade do Rio de Janeiro, e, desde então, não parou mais. No começo eram apenas
bailes de máscaras e a música era a polca, a valsa e o tango. Havia também
coros de vozes para animar a festa. Nota-se que nem sempre foi tocado o samba,
mas modinhas. Os escravos contribuíram com o carnaval com um estilo de música
chamado lundu, ritmo trazido de Angola. Tal ritmo, no entanto, por ser
considerado indecente, limitava-se apenas às senzalas. Contudo, permaneceu
durante todo o século XIX.
Com
esta fusão de ritmos nasce o semba, uma expressão do dialeto africano quibundo.
Essa expressão passou por uma culturação e se tornou o que chamamos hoje de
samba. O samba se popularizou nos entrudos, pois em sua origem este ritmo não
era propriamente música, mas uma dança feita nos quilombos. Todo este contexto
histórico nos leva até os anos 20, ocasião em que nasce aquilo que hoje é
chamado de a excelência do samba, ou seja, o samba de enredo.
O
carnaval hoje conta com bailes de todos os tipos, como o baile à fantasia,
baile da terceira idade, matinês para crianças, bailes de travestis, entre
outros. Os embalos musicais destes bailes contam com o bater dos surdos e o
samba é o ritmo predominante. Também toca-se axé música, um estilo baiano. No
carnaval hoje não se dança mais, pula-se.
DESFILES DAS
ESCOLAS DE SAMBA
Iniciou-se
no começo do século XX com os blocos, mas somente nos anos 60 e 70 é que
acontece no carnaval brasileiro a chamada Revolução Plástica, com a
participação da classe média na folia e todos os seus valores estéticos e
estilísticos, que viriam incrementar todo o contexto das escolas de samba.
Os
desfiles das escolas de samba são, sem dúvida, o ponto alto do carnaval
brasileiro, turistas vêem de todos os cantos e pagam pequenas fortunas para
assistirem ao desfile. Outras tantas pessoas perdem noites de sono vendo a
festa pela televisão.
A
competição entre as escolas de samba é ferrenha, e não raro ocorrem brigas
entre seus líderes (leia-se presidentes) durante a apuração dos resultados,
pois os pontos são disputados um a um, para que, ao final, se saiba quem foi a
grande campeã do carnaval.
Um
detalhe importante. A oficialização do desfile das escolas aconteceu em 1935,
com a fundação do Grêmio Recreativo Escola de Samba. Antes desta data, porém,
mais precisamente em 1930, já se via desfiles nas ruas do Rio de Janeiro.
A IGREJA CRISTÃ
E SUA POSTURA
O
carnaval tem sua origem em rituais pagãos de adoração a deuses falsos.
Trata-se, por isso, de uma manifestação popular eivada de obras da carne,
condenadas claramente pelas Sagradas Escrituras. Seja no Egito, Grécia ou Roma
antiga, onde se cultua, respectivamente, os deuses Osíris, Baco ou Saturno, ou
hoje em São Paulo, Recife, Porto Alegre ou Rio de Janeiro, sempre notaremos
bebedeiras desenfreadas, danças sensuais, música lasciva, nudez, liberdade
sexual e falta de compromisso com as autoridades civis e religiosas.
Entretanto, não podemos também deixar de abordar os chamados benefícios do
carnaval ao país, tais como geração de empregos, entrada de recursos
financeiros do exterior através do turismo, aumento das vendas no comércio,
entre outros.
Não
é possível isentar a igreja evangélica deste momento histórico. Então, qual
deve ser a posição do cristão diante do carnaval? Devemos sair de cena para um
retiro espiritual, conforme o costume de muitas igrejas, a fim de não sermos
participantes com eles (Efésios 5:3-7 - ENTRE VOCÊS NÃO DEVE HAVER NEM SEQUER MENÇÃO DE
IMORALIDADE SEXUAL NEM DE QUALQUER ESPÉCIE DE IMPUREZA NEM DE COBIÇA; POIS
ESTAS COISAS NÃO SÃO PRÓPRIAS PARA OS SANTOS. - (4) NÃO HAJA OBSCENIDADE NEM CONVERSAS TOLAS NEM GRACEJOS
IMORAIS, QUE SÃO INCONVENIENTES, MAS, AO INVÉS DISSO, AÇÃO DE GRAÇAS. - (5) PORQUE VOCÊS PODEM ESTAR CERTOS
DISTO: NENHUM IMORAL NEM IMPURO NEM GANANCIOSO, QUE É IDÓLATRA, TEM HERANÇA NO
REINO DE CRISTO E DE DEUS. – (6)
NINGUÉM OS ENGANE COM PALAVRAS TOLAS, POIS É POR CAUSA DESSAS COISAS QUE A IRA
DE DEUS VEM SOBRE OS QUE VIVEM NA DESOBEDIÊNCIA. - (7) PORTANTO, NÃO PARTICIPEM COM ELES DESSAS COISAS.)? Devemos, por outro lado, ficar aqui e
aproveitarmos a oportunidade para a evangelização? Ou isso não vale a pena
porque, especialmente neste período, o deus deste século lhes cegou o
entendimento (II
Co. 4:4 - O deus DESTA ERA
CEGOU O ENTENDIMENTO DOS DESCRENTES, PARA QUE NÃO VEJAM A LUZ DO EVANGELHO DA
GLÓRIA DE CRISTO, QUE É A IMAGEM DE DEUS.)?
Creio
que a resposta cabe a cada um. Mas, por outro lado, a personalidade da igreja
nasce de princípios estreitamente ligados ao seu propósito: fazer conhecido ao
mundo um Deus que, dentre muitos atributos, é Santo.
Há
quem justifique como estratégia evangelística a participação efetiva na festa
do carnaval, desfilando com carros alegóricos e blocos evangélicos, o que não
deixa de ser uma tremenda associação com a profanação. Pergunta-se, então: será que deveríamos frequentar boates gays,
sessões espíritas e casas de massagem, a fim de conhecer melhor a ação do diabo
e investir contra elas? Ou deveríamos traçar estratégias melhores de
evangelismo?
No
carnaval de hoje, são poucas as diferenças das festas que o originaram,
continuamos vendo imoralidade, música lasciva, promiscuidade sexual e
bebedeiras. Como cristãos, não podemos
concordar e muito menos participar de tal comemoração, que vai contra os
princípios claros da Palavra de Deus: Porque os que são segundo a carne
inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as
coisas do Espírito (Romanos 8:5-8 - QUEM VIVE SEGUNDO A CARNE TEM A MENTE VOLTADA
PARA O QUE A CARNE DESEJA; MAS QUEM, DE ACORDO COM O ESPÍRITO, TEM A MENTE
VOLTADA PARA O QUE O ESPÍRITO DESEJA. –
(6) A MENTALIDADE DA CARNE É MORTE, MAS A MENTALIDADE DO ESPÍRITO É VIDA E
PAZ; - (7) A MENTALIDADE DA CARNE É
INIMIGA DE DEUS PORQUE NÃO SE SUBMETE À LEI DE DEUS, NEM PODE FAZÊ-LO. – (8) QUEM É DOMINADO PELA CARNE NÃO
PODE AGRADAR A DEUS.). Porque fostes comprados por bom
preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais
pertencem a Deus (I Co 6:20 - VOCÊS FORAM COMPRADOS POR ALTO PREÇO. PORTANTO,
GLORIFIQUEM A DEUS COM O CORPO DE VOCÊS).
O
Carnaval é uma festa imprópria para o cristão. Alguns vão com o propósito de
evangelizar. Não podemos proibir o evangelismo, mas devemos alertar que é um
trabalho à beira do abismo. Todo cuidado é pouco. Alguns jovens vão com a desculpa
de uma diversão inocente. Cuidado! É muito difícil alguém entrar no esgoto e
sair sem se sujar.
Nossa
alegria não depende de festas. Não devemos confundir alegria com felicidade e
nem sexo com amor. Em Cristo está o nosso prazer e a nossa alegria, que não
termina na Quarta-Feira de Cinzas, mas continua para sempre.
Não
podemos nos esquecer que, por trás da realidade natural, está a realidade
espiritual. Os demônios atuam de forma intensa no Carnaval, conforme pode ser
conferido até mesmo em depoimentos de pessoas envolvidas com os cultos
afro-brasileiros.
E
qual é o saldo da festa? Depois de tanta bebida, são inúmeros os acidentes de
trânsito, com mortos e feridos. Ocorrem também muitos homicídios, mortes por
overdose, contração de doenças venéreas e casos de gravidez indesejada. No fim
de tudo, a alegria se transforma em tristeza.
FONTES DE INFORMAÇÕES:
http://www.brasilescola.com
http://www.icp.com.br
http://www.lagoinha.com
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